Cão é resgatado após suspeita de maus-tratos em barracão em Paraíso
Moradores relatam gritos recorrentes e agressões; responsável pelo local não foi encontrado para comentar

Moradores
de um condomínio localizado no bairro Nossa Senhora Aparecida, em São Sebastião
do Paraíso, denunciaram supostos maus-tratos contra um cão em um barracão da
região, onde um homem em situação de rua tem se abrigado. De acordo com
relatos, os gritos do animal eram ouvidos há vários dias, sempre à noite,
levantando suspeitas de tortura ou até mesmo abuso sexual.
Segundo
informações de residentes próximos, a Guarda Municipal foi acionada quando os
barulhos se intensificaram na última quinta-feira, 6. A equipe compareceu ao
local e dispersou o indivíduo, mas não houve flagrante do delito. O animal, um
cão mestiço de pitbull, estava desnutrido e foi imediatamente resgatado pela
Secretaria de Meio Ambiente em conjunto com a Associação Anjos de Resgate,
recebendo assistência veterinária e permanecendo à espera de adoção
responsável.
A
vereadora Daiane Andrade, defensora da causa e uma das integrantes da ONG,
acompanhou a ocorrência e divulgou, em suas redes sociais, que houve denúncia
de possível abuso, porém, até o momento, não há confirmação de violência
sexual. A suspeita surgiu em razão dos gritos noturnos do cão, que se repetiam
diariamente, causando grande preocupação na vizinhança.
O
barracão onde o homem em situação de rua tem permanecido pertence a uma empresa
local, cujo proprietário não se pronunciou sobre o caso. A reportagem tentou
entrar em contato com o responsável pelo imóvel, mas, até o fechamento desta
edição, não obteve retorno. De acordo com os moradores, o mesmo local já havia
sido alvo de reclamações por abrigar pessoas sem condições de higiene ou
segurança, situação que foi comunicada ao síndico do condomínio do entorno.
Ainda segundo relatos, o animal teria sido abandonado recentemente por familiares de uma idosa após ela ter sido hospitalizada. Agora, sob cuidados veterinários, o cão está em fase de recuperação e aguarda por um lar definitivo que lhe proporcione melhores condições de vida. Enquanto isso, moradores e autoridades locais seguem acompanhando o desenrolar do caso para averiguar a conduta do suspeito e evitar novos episódios de maus-tratos naquele imóvel.