Teatro como transformação: Kayho Rodrigues ministra oficinas na UFLA e no Parlamento Jovem

Atividades conduzidas pelo teatrólogo de Paraíso despertaram reflexões sobre arte, expressão e direitos culturais
O professor Kayho Rodrigues em ação, conduzindo oficinas que conectam jovens e universitários à arte e à reflexão sobre cultura e cidadania Foto: Reprodução

Nos últimos dias, o professor, teatrólogo e produtor cultural Kayho Rodrigues esteve à frente de duas oficinas realizadas: uma no campus da Universidade Federal de Lavras (UFLA) e outra na Câmara Municipal de São Sebastião do Paraíso, dentro da programação do Parlamento Jovem 2025. Ambas as atividades reforçaram o poder da arte como ferramenta de formação, expressão e transformação social — pilares que têm norteado a trajetória do artista paraisense.

No dia 12 de abril, Kayho conduziu a oficina “Corpo, Voz e Cena”, como parte do evento “VI UFLA Faz Extensão”. Voltada à comunidade e aos estudantes universitários, a oficina reuniu 18 participantes em uma experiência de introdução prática ao universo teatral. Durante três horas, os participantes mergulharam em dinâmicas de improvisação, expressão corporal, construção de personagens e desenvolvimento da presença cênica.

“Foi incrível observar a transformação dos participantes: no início, um certo acanhamento; ao final, estavam totalmente à vontade, perguntando se haveria continuidade”, relatou Kayho. “Ver o teatro se apresentar para eles como algo leve, capaz de desconectar do mundo e do tempo, me fez lembrar o porquê de eu amar tanto o que faço.”

Quatro dias depois, em 16 de abril, Kayho ministrou a oficina “A Juventude e a Cultura como Direito” para cerca de 90 adolescentes do ensino médio, na Câmara Municipal de Paraíso. A ação integrou a etapa formativa do Parlamento Jovem 2025, que neste ano discute o tema “Juventude e Direitos Culturais”.

Durante o encontro, o artista abordou os fundamentos dos direitos culturais presentes na Constituição Federal, no Estatuto da Juventude e no Plano Estadual de Cultura de Minas Gerais, reforçando a importância do acesso à arte como direito fundamental. Um dos destaques da oficina foi o mural colaborativo produzido pelos estudantes, que expressaram em cartazes criativos suas percepções sobre o que é cultura.

“Falar sobre cultura com a juventude é algo que me toca profundamente, pois foi justamente na juventude que encontrei na arte um caminho de expressão e transformação”, afirmou. “Hoje sigo firme nesse propósito, contribuindo com projetos que unem cultura, educação e participação cidadã.”

Kayho Rodrigues é professor de Arte em três instituições de ensino de São Sebastião do Paraíso — Escola Estadual Paraisense, Colégio Galileu e Colégio Caixinha de Surpresa — e também atua como diretor da Oficina de Artes Cênicas Sebastião Furlan, projeto mantido pela ACISSP. Reconhecido pelo trabalho criativo e engajado, o artista destaca a importância de ações como essas para ampliar o alcance da arte.

“É gratificante ver que esses convites surgem de forma espontânea, como reflexo de um trabalho construído com dedicação e amor pela arte. Levar o teatro para dentro de uma universidade pública como a UFLA e também contribuir com um projeto formativo como o Parlamento Jovem é uma conquista muito especial”, comentou. “Esses momentos nos lembram que a arte toca, transforma e, sim, faz a diferença.”

Kayho fez questão de agradecer aos responsáveis pela organização dos eventos: “Deixo meus sinceros agradecimentos à Ana Festucci, ao Dione Lara, ao Jian Paulo, à Bibiana Percope e à Sonia Regina, pelo carinho, reconhecimento e confiança”.