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Educadores devem se reunir no Dit

Por: Redação | Categoria: Arquivo | 27-02-2017 00:00 | 1161
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Na próxima semana, no dia 4 de março, a subsede do Sindicato Únicos dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais em São Sebastião do Paraíso (Sind-Ute/MG), realizará reunião com servidores da categoria na Escola Estadual Benedito Ferreira Cala-fiori (Ditão), para debater diversos assuntos, entre os principais, o Projeto de Emenda à Constituição 287 (Pec 287), da reforma da previdência. O debate deve expor situação atual dos servidores que, segundo alegam, têm sido prejudicados pelas mudanças recentes.



De acordo com o coordenador do SindUte de São Sebastião do Paraíso, Rei-naldo Cesário, a reforma da Previdência enviada ao Congresso seria um ataque aos direitos conquistados pelos trabalhadores e assegurados pela Constituição Federal de 1988. “A proposta de Emenda à Constituição retira direitos sagrados dos trabalhadores das camadas sociais, das mulheres, trabalhadores rurais e dos professores. O Sind Ute, que representa as oito carreiras da Educação em Minas Gerais é totalmente contrário a esta PEC”, comenta.



Segundo ele, o departamento Jurídico do SindUte e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Die ese), que dá suporte a área econômica, apontaram que a previdência não é deficitária, o que existiria seria má gestão dos recursos da Seguridade Social. “Nós, profissionais da Educação, que conseguimos com muita luta o direito à aposentadoria especial, que enfrentamos péssimas condições de trabalho, violência, baixos salários é que teremos que trabalhar até os 65 anos ou contribuir 49 anos para conseguir uma aposentadoria”, questiona o servidor.  Cesário defende que proposta é inconcebível do posto vista de saúde física e mental.



“Deveríamos estar assistindo a discussão de um projeto para melhoria na qualidade de ensino e valorização das carreiras da educação, e o que assistimos é esse projeto que prejudica nossos direitos.  A sociedade, que trabalha, que luta todos os dias para seu sustento, não pode pagar a conta do desgoverno e aumento na desigualdade social, onde o interesse é ampliar benefícios as grandes corporações e suas elites. Nós iremos as ruas esclarecer a sociedade, ir nos gabinetes nas cidades de cada deputado para lembrá-los a quem eles representam. Vamos à luta pela continuidade da aposentadoria especial dos professores. Não aceitamos retirada de direitos”, defende.



O representante sindical comenta que o histórico da educação no país é de desvalorização. “A educação é lembrada apenas com intuito oportunista eleitoreiro. Quando conseguimos um pequeno avanço é por muitas manifestações, paralisações e luta. Não temos uma política de valorização profissional e de carreira implementada no país na área de Educação. A todo momento somos cobrados a ofertar um ensino de qualidade, mas não há contrapartida do Estado”, afirma.



Segundo ele, os estados têm apresentado políticas contra a categoria da educação. “Um país para ser levado aos melhores índices de desenvolvimento na educação, necessita de uma política para os Educadores e educandos, mas o que vemos é a desvalorização dos profissionais da educação, um ataque a direito adquiridos na constituição de 1988. Gostaríamos de perguntar aos nossos deputados de que lado eles estão: do povo ou contra o povo ao discutirem uma reforma como esta. Gostaríamos que antes desta discussão fosse criada uma auditoria imparcial de órgãos internos e externos do nosso país nas contas da Previdência, com participação dos departamentos Intersindicais e de governo para apurar se existe rombo nas contas da Seguridade social. A partir da ampla divulgação desta auditoria é que pudesse ser discutido qualquer ponto de mudança. Sem ela qualquer posição se torna suspeita. Nossos deputados têm poder para parar o processo e exigir isto, bastando usar o bom senso”, avalia.



 



SITUAÇÃO DOS SERVIDORES



 



De acordo com Reinaldo, o acordo celebrado em junho de 2015 entre a categoria e o Governo do Estado, que prevê aplicação do piso nacional nas oito carreiras da Educação, não está sendo cumprido em sua totalidade. “A lei 21710/15 escalou a aplicação do Piso em três anos. Até o momento, o governo cumpriu parcialmente os acordos até 2016. As progressões e promoções da carreira encontramos muitos servidores com recursos a receber. O acordo assinado pelo secretário de Governo, Odair Cunha, em nome do governador que pôs fim à greve histórica dos Servidores das Superintendências e Órgão Central de 2015, não foi cumprido”, conta.



Segundo ele, o acordo prevê um reajuste de 10% para Analistas e 20% para Técnicos Educacionais a ser aplicados escalonados em dois anos. “Para piorar a situação, implementou corte de pagamento nos salários dos servidores das SREs ferindo o acordo do fim da Greve. Em 2017 está em atraso com o repasse do aumento de 7,64% concedido pelo governo federal em janeiro, hoje o valor do piso é R$2298,80. Estamos com paralisação e assembleia em BH com indicativo de greve prevista para dia oito de março. Estamos cobrando todos estes repasses em atraso. Houve avanços nas nomeações de concurso, quando houve destrava-mento das promoções e no acordo do Piso, mas precisamos do cumprimento integral dos acordos, todas nossas contrapartidas foram dadas e o governo não cumpre a sua parte com integralidade, por isso somos obrigados a paralisações e busca dos diretos”, completa o servidor.