A Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados aprovou a criação do Roteiro Turístico dos Cafés da Alta Mogiana, envolvendo 15 municípios de São Paulo e 8 municípios de Minas Gerais. A medida está prevista no Projeto de Lei 7091/17, do deputado Adérmis Marini (PSDB-SP). São Sebastião do Paraíso esta entre as cidades que deverão ser beneficiadas com projetos e ações do Governo Federal para o setor.
Pelo texto, a estruturação, a gestão e a promoção dos atrativos turísticos envolvendo os cafés produzidos na Alta Mogiana receberão o apoio de programas oficiais voltados para a regionalização do turismo. O relator do projeto, deputado Goulart (PSD-SP), apresentou parecer pela aprovação. Para ele, a criação do roteiro está em harmonia com a importância econômica do turismo como gerador de renda, empregos e receita. “Esse roteiro vai estimular o turismo na região, com todos os reflexos positivos daí decorrentes”, disse.
Conforme Adérmis, a região da Alta Mogiana já tem certificação que a reconhece como produtora de cafés especiais. “A criação de um roteiro turístico nesses municípios favorecerá o resgate cultural e histórico da cultura da cafeicultura na região, além de permitir a divulgação do produto e reforçar a própria identidade regional”, diz o autor. No caso dos municípios mineiros a maioria deles estão inseridos no Circuito Turístico Montanhas Cafeeiras de Minas, que tem Paraíso como cidade pólo.
Os municípios beneficiados são Altinópolis, Batatais, Buritizal, Cajuru, Cristais Paulista, Franca, Itirapuã, Jeriquara, Nuporanga, Patrocínio Paulista, Pedregulho, Restinga, Ribeirão Corrente, Santo Antônio da Alegria e São José da Bela Vista, no estado de São Paulo. Já em Minas Gerais estão incluídas as cidades de Claraval, Capetinga, Cássia, Ibiraci, Itamogi, Sacramento, São Sebastião do Paraíso e São Tomás de Aquino.
Localizado nas cidades de São Sebastião do Paraíso, Guaxupé, Muzambinho, Nova Resende, São Pedro da União o Circuito Turístico Montanhas Cafeeiras de Minas foi criado com a intenção de fomentar o desenvolvimento do setor. Com o roteiro turístico, cresce a expectativa de incrementar a economia local com o aumento do fluxo de visitantes, atraídos pelo cultivo do café, pelas tradições regionais e pela exuberante natureza.
Dentre as atrações do Circuito Turístico Montanhas Cafeeiras de Minas, destacam-se as visitas às fazendas, onde é possível acompanhar o dia-a-dia da vida no campo, desde a plantação até a moagem do café, passando pela formação das lavouras, colheita e secagem dos grãos. Os retiros de leite, bem como as fazendas de criação de gado, também são importantes presenças no espaço rural. A natureza local, repleta de cachoeiras, rios e matas, favorece a prática do ecoturismo.
ATRATIVOS E JUSTIFICATIVAS
No passado não muito distante, o café era visto apenas como uma das principais commodities exportadas pelo Brasil. No presente, já é considerado produto de alto padrão, bebida fina e sinônimo de sofisticação. Responsável por quase um quarto da produção mundial e mais da metade do mercado nacional, é impossível não pensar em Minas Gerais quando o assunto é café.
Com mais de um milhão de hectares plantados, o grão é o mais importante produto de exportação do agronegócio mineiro e é vendido para mais de 60 países do mundo. O Brasil e, particularmente Minas Gerais, se destaca a cada ano não só pelos volumes produzidos, mas também pela qualidade e diferenciais que só a bebida mineira tem. O grão bastante apreciado já se destaca, inclusive, em concursos com padrões internacionais. A explicação para tamanha qualidade é a perfeita combinação entre fatores de clima e solo, com terras de grande fertilidade, além das águas puras das principais regiões produtoras de café no Estado, como o Sul e o Cerrado.
O Brasil é hoje o maior produtor e exportador de café, e o segundo maior consumidor do produto em todo o mundo. Do período colonial ao republicano, a produção de café marcou a história do País e as marcas desse processo estão em toda parte e geram um grande interesse, especialmente aos turistas.
O Brasil é hoje o maior produtor e exportador de café, e o segundo maior consumidor do produto em todo o mundo. Do período colonial ao republicano, a produção de café marcou a história do País e as marcas desse processo estão em toda parte e geram um grande interesse, especialmente aos turistas. De acordo com o estudo da Demanda Turística Internacional de 2012, do Ministério do Turismo, 10,6% dos estrangeiros que vieram ao País motivados por lazer tem a cultura brasileira como o principal interesse da viagem. Para a pasta, o turismo cultural valoriza os bens materiais e imateriais e registram a memória e identidade do País.