O trabalho de fiscalização de bicicletas conduzidas na contramão, esteve paralisado durante as semanas de festa da EXPAR, quando os fiscais foram deslocados para o Parque de Exposições. Porém, com o término da festa, o assessor administrativo da Prefeitura, Amaury Vicente Amorim avisa que o trabalho não vai parar. "Precisamos do apoio dos paraisenses porque pode ter um número grande de fiscais, mas se a população não ajudar, não vai para a frente", disse.
A partir desta semana, segundo o assessor, a fiscalização voltará a ser realizada, com um aumento na quantidade de pessoal. Passarão a ser 4 fiscais ao invés de 2, que estarão nos setores da cidade onde há tráfego intenso de bicicletas. "Pimenta de Pádua, Placidino Brigagão, Fonte Luminosa, Praça Central, Oliveira Resende, Angelo Calafiori, Monsenhor Mancini, Monsenhor Felipe são os pontos principiais", enumera.
Amaury afirma que a fiscalização está funcionando há cerca de um mês e aproveita para fazer um balanço do período. "Só na parte da tarde no primeiro dia, nós fiscalizamos mais de 50 ciclistas. No segundo dia fomos reduzindo, hoje temos algumas pessoas desavisadas que não sabem que não podem andar na contramão e aquelas crianças que não respeitam de jeito nenhum, mas mesmo assim são poucos", ressalta.
O fiscal conta que pára o ciclista na contramão, se identifica e depois orienta. "Pedimos a cada um que colabore com a gente para que a cidade seja exemplo na região. A bicicleta é um veículo, movido a propulsão humana, mas é um veículo e tem que respeitar leis como outro meio de transporte qualquer. Além de quem desrespeita ser vítima, as pessoas de idade são vítimas do infrator", comenta.
Durante o mês de início das atividades, os fiscais estiveram no quarteirão abaixo da Praça da Matriz, na Lagoinha e em frente a Escola Estadual Clóvis Salgado, logo após o almoço. "Antes da entrada da escola foi o melhor momento. Os estudantes sabem que estão fazendo algo errado, mas precisam ser alertados. Tem alguns adolescentes mal educados, tentam até nos agredir, nos ofendem, mas acredito que são coisas irrelevantes. Existe uma lei que nos autoriza a apreender bicicleta, a aplicar multa para retirada, mas eu acho que não é por aí e tenho certeza de que a vontade da prefeita também não é essa", afirma.
Amaury afirma que o trabalho de conscientização tem sido constante. "Não adianta você educar as pessoas e depois começar a puni-las. Não é por aí. Através de policiamento, penas, todo trabalho de conscientização vai embora. Pessoas mais velhas são mais fáceis de conversar , entendem que pode acontecer acidentes onde eles podem ser as vítimas. Já o adolescente age por impulso, geralmente gosta de aparecer, se mostrar, ele acha que andando na contramão vai chamar a atenção. Agora, a partir do momento que você cons-cientiza, 90% dos adolescentes aceitam bem e é por esse motivo que eu acredito na orientação e não na punição", fala.
MENDIGOS
Como é assessor da Prefeitura, Amaury também desenvolve outras atividades. Uma delas é o encaminhamento de andarilhos e mendigos para suas respectivas cidades. "Há três meses estamos fazendo este trabalho nas ruas. As pessoas não estão vendo, mas mandamos para fora cerca de 200 pessoas. Eu pago passagem, se elas estiverem sem roupa, nós doamos, se a pessoa estiver de barba e cabelo comprido, toma um banho, corta e sai daqui bonitinha", conta.
Amaury afirma que há uma verba da Diretoria de Ação Social destinada para este fim. "Eu conduzo as pessoas para locais próximos às cidades de origem. Uns moram mais longe, outros mais perto. A pessoa vai de livre e espontânea vontade. Não é obrigado. Não sou eu que destino para onde eles vão, são eles que falam para onde querem ir. Compro a passagem, faço a ficha deles, fotografo, vejo quanto custou e faço um cadastro", fala.
O assessor aconselha a população a não dar esmolas aos moradores de rua. "Os pedintes de Paraíso não precisariam estar nas ruas, se aparecer algum que não tem nada eu vou até a casa dele para verificar, mas não há essa necessidade porque todos eles tem. É um trabalho que está dando resultado também, a cidade está limpa. Não está 100% porque nós temos alguns alcoólatras que são nossos, esses vão para a Chácara Pedacinho do Céu, fazemos algumas coisa por eles, mas depois retornam para as ruas. Mas, acredito que uma hora pára, teve alguns que até se curaram do alcoolismo", concluiu. Elezângela de Oliveira