Fernando Santana
No descanso doce; Norma agora adormece; podemos definir o instante pulsante de sua caminhada e assim o céu agradece.
Eis que foi anunciada a chegada de uma estrela que destilou carinhos e no renascer do afeto, encontrou Fabinho!
Na terra, resta-nos lembrar de sua determinação e amor dispensado ao irmão.
Certamente, um momento lindo; o céu se abrindo vivenciou o sentido e definiu a forma; acalentando a ternura; o anjo anunciou a chegada de Norma! Aqui; choramos sua falta! Há um vazio naquela rua; uma solidão nua que desgruda do compasso e esvaziou-se aquele espaço!
Os encontros festivos em sua casa; as comemorações de seu aniversário; os telefonemas para o convite ,emoção flamejante em brasa; todos saíamos carregando um embrulho para casa!
Uma inversão no barulho dos tempos; afinal; a aniversariante era Norma naquele momento!
A diversão nos aninha nos idos tempos em que Norma alimentava o alento!
Culta e respeitada; mulher digna e recatada!
Sua casa enfeitada; parecia um conto animado com aconchego e abrigo, e sorria com a chegada dos amigos; Mulher nobre, nome de origem inglesa; na etimologia; com firmeza!
Ao contemplar as feições; mulher doce em suas aflições!
Assim; nessa terra repleta de gritos: cujo tempo dos conflitos enraivece os mortais, conhecemos Norma no silêncio de seus ais!
Um sorriso enfeitava a emoção. No apego desmedido sorrateiro; ia aninhando o coração que cantava com a chegada de Fernando seu outro irmão!
Querido Fernando; sábio no ofício do viver; na dialética endossava o saber!
Norma; nome que surgiu na Inglaterra e tornou -se popular com a ópera Norma! Tantas definições podemos instar!
Mulher dotada de grande erudição ;um verdadeiro vulcão na arte do falar!
Português espaldado na perfeita gramática e literatura; um exemplo de cultura!
As lágrimas carregam as lembranças de aventuras derradeiras!
Ao arrepio da fugacidade; Norma junto a Deus foi morar!
Essa é nossa existência passageira!
Descanse em paz amiga guerreira!
Helena Aristoff Advíncula Gonçalves