CAFÉ EXTEIOR

Café, da Fazenda Nova Aliança para os paladares mais exigentes no exterior

Por: Nelson Duarte | Categoria: Agricultura | 15-05-2019 11:29 | 4230
Juliana Paulino da Costa Mello
Juliana Paulino da Costa Mello Foto: Nelson P. Duarte

Após apresentação de vídeo mostrando a história do Peneira Alta, houve palestra com Juliana Paulino da Costa Mello, empreendedora, que conforme disse, faz parte da quarta geração de uma família de cafeicultores no município de Monte Santo de Minas, onde juntamente com seu esposo, engenheiro agrônomo Flávio Pereira de Mello,  há  mais de 20 anos é proprietária da Fazenda Nova Aliança.

Advogada e administradora de empresas, explicou que nunca pensou em ser cafeicultora, e dizia que “dessa água não beberia”, e hoje, vinte anos depois aqui estou “estou bebendo da água, e gostando muito”, disse.

Boa parte da produção da Nova Aliança, vinda dos 600 mil pés de café distribuídos em 150 hectares, são direcionados à exportação iniciada em 2014 para clientes na Inglaterra e Nova Zelândia em maior número, além da Coreia e Austrália. A comercialização também é feita no mercado interno para empresas exportadoras, cooperativas e cafeterias.

Flávio cuida da parte técnica da lavoura que na safra anterior produziu oito mil e seiscentas sacas de café, e na atual, devido à bienalidade ficará em torno de três mil sacas. Importante salientar que nos últimos dezoito anos a média de produção é de 45 sacas por hectare.

Juliana se encarrega da administração dos negócios, e no 1.º Encontro de Mulheres Cafeicultoras Peneira Alta explicou sobre os contatos feitos com clientes do exterior que, vez por outra vêm à centenária Fazenda Nova Aliança, de sua experiência não apenas na comercialização internacional, mas para cumprir as muitas exigências fiscais para que o produto chegue a consumidores em outros países.

Neste empreendimento, Flávio e Juliana ganharam nova aliada, a filha Marina Paulino de Mello que participa de feiras nacionais e internacionais, tem curso de barista e classificação, marketing, logística e trade.

“Muita coisa mudou desde então e agora buscamos unir a tradição conquistada ao longo dos anos com os avanços tecnológicos. Essa fusão de passado e presente proporciona um futuro melhor, onde aumentamos a produtividade sem que haja a degradação do meio ambiente, tornamos a propriedade sustentável, com crescimento constante e um café puro de origem de excelente qualidade”, frisou Juliana Paulino da Costa Mello..

 Ela comentou sobre o processo produtivo, dos cuidados necessários no pós-colheita e na seleção de lotes, visando melhor retorno financeiro para o cafeicultor. Disse da satisfação em produzir cafés de qualidade e ver estampado em cafeterias no exterior a marca do que é produzido na Fazenda Nova Aliança, concluindo que ainda mais numa época de preços baixos no mercado, vale a pena exportar.