Gostaria de relatar um fato que me deixou entristecido, ocorrido no início de Maio/19, mas não consegui digerir, alguém tem que falar.
Fui convidado a ir ao rancho de um amigo para pescar, às margens do Rio Grande, próximo a Carmo do Rio Claro- MG. Como fui criado em Furnas e pesquei muito com Papai, conheci diversas espécies de peixes: Traíra, Mandi, Tubarana, Campineiro, Lambari, Carazinho, Piau, Flamenguinho, dentre outros. E por todos os lados que fomos, nos três dias de pesca, só vieram Tucunaré e Tilápia, peixes estes que não tinha no Rio Grande há 30 anos.
Cadê os outros? Fora o tanto de tanques de peixes espalhados por todo Rio, tem que dar voltas imensas pra ir de uma margem a outra, pois há cordas amarradas em gaiolas pra todos os lados, sem contar a quantidade de armadilhas em garrafas pets.
Não que seja contra os criadores, mas acho que perderam a consciência de preservação da natureza e da vida.
Não vi nenhum tipo de alerta ou placas indicativas, para rodar a noite com alguma embarcação. Ali mora o perigo durante o dia e piora muito à noite. As pessoas perderam a noção de espaço, segurança, e a fiscalização deve estar sem recursos pra atuar ou se omitindo. Será que as autoridades competentes estão esperando que aconteça alguma tragédia, para tomar providências?
Eduardo de Abreu - São Sebastião do Paraíso