A Vigilância em Saúde está mais alerta aos casos de dengue no município de São Sebastião do Paraíso. Isso porque após um longo período com baixos registros de notificações, que no primeiro semestre passaram de 1600 casos, a Vigilância voltou a registrar aumento dos números no mês de setembro em relação a agosto, são 26 casos contra 13. Desses, até o momento apenas um foi confirmado, e agora Vigilância aguarda resultados dos demais.
A coordenadora do setor, Daniela Cortez, destaca que esse aumento registrado está muito relacionado ao clima: muito quente e com pancadas de chuva na última semana. "Isso faz com que o mosquito tenha mais locais para procriar e quanto mais quente, mais rápido ele se desenvolve. Além disso, é comprovado que esses mosquitos estão nascendo já infectados pela doença", comenta a coordenadora.
A maior arma contra a proliferação do mosquito e da doença é, conforme ressalta a coordenadora, a prevenção. De acordo com Daniela, a Vigilância tem realizado os bloqueios, mas tem feito isto de forma bem pontual, já que o veneno acaba sendo prejudicial ao meio ambiente. Além disso, Cortez destaca que a população está um pouco mais consciente, mas há aqueles que ainda não dão tanta importância ou não se preocupam com a seriedade da doença.
"Temos continuado com as ações de mutirões e também com as ações educativas. Inclusive, Luciano Santana, que trabalha no setor de Epidemiologia, esteve em Brasília onde apresentou o projeto "Uso da Educação em Saúde para a Sensibilização das Crianças no Ensino", no 35º Congresso Nacional do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). Precisamos preparar essas crianças para o futuro, para que já cresça conscientes da importância de se combater esse mosquito", ressaltou.
Deve ser realizado, também, nesta semana, o Levantamento do Índice de Infestação do Aedes Aegypt, que apontou em último levantamento, em agosto, um índice de 1,1% no município, número muito abaixo do que foi registrado em levantamento anterior a agosto, quando esse índice chegou a 9,3%. Somente na região do São Judas, os dados apontavam um índice de infestação predial de 13,9%.
O São Judas, conforme Daniela Cortez, ainda é o bairro com maior índice de infestação. A coordenadora atribui os números às casas com quintais muito grandes e, também, ao grande número de terrenos baldios. "Isso contribuir bastante. Também, o cidadão tem tido uma vida muito agitada, ninguém tem mais tempo para nada, mas é preciso estar atento, são dez minutos que podem fazer muito diferença na vida de todos", destaca.
ALERTA PERMANENTE
Conforme reforça a coordenadora da Vigilância em Saúde, o cidadão tem que se manter alerta e tirar um tempo do dia para fazer essa vistoria minuciosa a fim de eliminar qualquer local que possa servir de criadouro para a dengue. Entre as dicas estão:
- no armazenamento e destinação do lixo, mantendo-o em recipiente fechado e disponibilizando-o para recolhimento pela Limpeza Urbana na frequência usual;
- jamais descartar o lixo ou qualquer outro material que possa acumular água no quintal de casa, no quintal de vizinhos, na rua ou em lotes vagos;
- manter a caixa d´água sempre limpa e totalmente tampada;
- manter as calhas livres de entupimentos para evitar represamento de água;
- eliminar os pratinhos de vasos de plantas; caso não seja possível, mantê-los limpos e escovados pelo menos três vezes ao dia;
- manter limpos e escovados os bebedouros de animais domésticos; a água deve ser trocada diariamente;
- manter piscinas sempre em uso e devidamente tratadas;
- atenção especial ao sair de férias para que esses cuidados estejam garantidos na ausência do morador;
- caso perceba a manifestação de qualquer sintoma de dengue ou febre Chikungunya, procurar imediatamente o centro de saúde mais próximo.