A Polícia Civil em Monte Santo de Minas instaurou inquérito para apurar as circunstâncias da morte de Adriana Marangoni. O crime tipificado como feminicídio foi registrado no domingo (13/10), quando a vítima foi encontrada no local onde morava na zona rural com sinais de violência. O companheiro dela José Carlos Moreira da Silva, de 50 anos, que estava foragido foi preso pela Polícia Militar no início da semana apontado como sendo suspeito de ser o autor do crime.
O crime foi registrado no domingo,13, quando a Polícia Militar recebeu uma denúncia da existência de um corpo encontrado na zona rural. No local os policiais depararam com o corpo de Adriana que estava fora da residência e apresentava ferimentos na cabeça com intenso sangramento. Ainda com sinais vitais ela foi socorrida e levada para atendimento em Monte Santo de Minas e depois transferia para a Santa Casa de Misericórdia de São Sebastião do Paraíso, onde não resistiu e veio a óbito.
No final da tarde de segunda-feira,14, pouco depois do sepultamento de Adriana, uma denúncia anônima levou a Polícia Militar até um bar em Monte Santo de Minas apontado onde José Carlos estava. No local os policiais depararam com o suspeito fazendo uso de bebida alcoólica. Contra ele já havia sido expedido um mandado de prisão, que após ser reconhecido, acabou detido. O acusado não apresentou resistência e foi encaminhado para a Delegacia de Polícia da cidade.
Ao Jornal do Sudoeste o delegado Rodrigo Simão, titular da Delegacia de Polícia Civil de Itamogi, e que atua por competência estendida em Monte Santo de Minas, confirmou que já iniciou as investigações do caso. “Foi instaurado o inquérito que pretendemos elucidar esta situação e esclarecer o caso dentro de 30 dias”, comentou. Ele confirmou que o principal suspeito foi preso e encontra-se recolhido. Nos próximos dias serão ouvidas pessoas ligadas à família da vítima e testemunhas que poderão ajudar a elucidar a ocorrência.
Entenda o caso
A mulher teria sofrido traumatismo craniano com cortes na cabeça e afundamento do crânio. No sítio onde ela morava e local onde foi encontrada ferida a polícia apreendeu um pedaço de madeira, semelhante a um cabo de machado, e também uma garrafa térmica com os fundos quebrados, que podem ter sido utilizados para a prática do crime. O corpo de Adriana foi velado na manhã de segunda-feira,14, e o sepultamento ocorreu no mesmo dia no Cemitério Municipal de Monte Santo de Minas.
Ainda no domingo a polícia havia constatado o desaparecimento de José Carlos Moreira da Silva, com quem Adriana Morangoni morava há cerca de sete anos. Contra ele há o registro de prática de violência contra a vítima, sendo que o acusado já esteve preso por este mesmo motivo. Numa ocasião a mulher que teria sido agredida por ele e até quebrado o braço disse à polícia que caiu, quando todas as evidências eram de que o homem a havia atacado. A família não aprovava o relacionamento do casal justamente pelo histórico de agressor que ele possui.