O deputado estadual Cássio Soares cobrou o delegado chefe da Polícia Civil, Wagner Pinto, a designação de novos médicos legistas para as demandas dos municípios atendidos pela Delegacia Regional de Polícia Civil de São Sebastião do Paraíso. De acordo com o deputado, a falta desse profissional tem causado muitos transtornos para familiares de vítimas de mortes violentas na cidade e região. A reunião aconteceu no último dia 29 de outubro, na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte.
Além dos profissionais para a realização de autópsias, o deputado Cássio Soares solicitou ainda a recomposição do quadro de pessoal da Delegacia Regional, como delegados, investigadores e escrivães, uma necessidade apontada para o fortalecimento da instituição na investigação de crimes e consequente combate à violência.
Segundo o deputado, o Posto de Perícia Integrada (PPI), de Passos, fica a aproximadamente 50 quilômetros de Paraíso e atende aos municípios da região, mas devido à precariedade e a carência de médicos legistas, é necessário destinar os corpos para autópsia em IMLs de outras localidades.
A falta de profissionais acaba por gerar demora na liberação dos corpos, acarretando sofrimento às famílias que passam por um momento de grande vulnerabilidade. Em Passos, apenas dois médicos legistas revezam o plantão para as demandas das duas regionais de Polícia Civil, que juntas atendem a mais de 25 municípios da Região Sudoeste e Centro Oeste de Minas Gerais.
“Familiares já chegaram a esperar mais de quinze horas para que os corpos retornassem de cidades como Formiga e Poços de Caldas. Isso causa muito sofrimento e angústia àqueles que já sofrem pela morte de seus entes queridos”, afirmou Cássio Soares ao chefe da Polícia Civil.
ESTRUTURA PRECÁRIA
A estrutura da Delegacia de Polícia Civil de São Sebastião do Paraíso é deficitária diante do volume de trabalho que realiza, assim como todas as demais delegacias do Estado. Para o quadro de efetivo ideal para atendimento da demanda, seriam necessários ao menos mais cinco delegados, 10 escrivães e 20 investigadores. “Sabemos que existe a deficiência em todo o Estado, porém, é necessário que sejam melhoradas as estruturas das delegacias regionais para que a apuração e investigação dos crimes que acontecem nossa região sejam cada vez mais efetivos”, finalizou.