Devido à impossibilidade de aprovação de projeto de doação de terreno em 2020, por ser ano eleitoral, a Câmara de São Sebastião do Paraíso deve realizar uma sessão extraordinária para a deliberação de sete novos projetos que entraram na pauta da última sessão de 2019. Vereadores querem tempo hábil para deliberação dos projetos, que para entrarem em vigor devem ser sancionados até o final de dezembro.
Quem alertou sobre a situação foi o vereador Marcelo de Morais, que destacou que seria necessária uma sessão extraordinária. “São projeto de grande relevância para a sociedade para serem aprovados, mas como vamos aprovar sem parecer da Comissão de Finanças, sem parecer jurídico da Casa”, questionou.
Marcelo destacou a impossibilidade de deliberação de todos os projetos para aquela sessão e explicou que alguns sequer precisariam passar pela Casa Legislativa. “Por mais que tenha havido uma lentidão da Prefeitura em encaminhar estes projetos, o mínimo que podemos fazer é promover uma sessão extraordinária para deliberação fechando 2019. Não tenho dúvida que essas empresas devem gerar em torno de 500 empregos”, opinou Jerônimo Aparecido.
Para o vereador Valdir do Prado, o mais sensato seria analisar os projetos com tranquilidade e só depois marcar uma data para deliberação. “Se marcar para daqui dois ou três dias, será muito fácil dizer que não deu tempo, são muitos projetos”, ressaltou. O vereador Sérgio Aparecido Gomes criticou a municipalidade, lembrando que a Câmara que tem cobrado o envio desses projetos a Casa há tempos, questionando também critério para envio desses projetos.
Cidinha Cerizze destacou a importância de se conduzir o processo de aprovação desses projetos com seriedade, já que é um tema delicado e, por se tratar de ano eleitoral em 2020, não pode ser feito de qualquer maneira porque “muitas promessas são feitas”. Ressaltou que empresários que participaram de reunião prévia da pauta da sessão, puderam perceber que é necessário, não apenas alguns documentos, mas também um diálogo com o jurídico da Prefeitura. “Vamos fazer o máximo para que esses projetos sejam aprovados, pedimos a compreensão dos empresários sobre como chegaram esses projetos”, ressaltou.
Os vereadores Vinício Scarano, Luiz Benedito de Paula e José Luiz das Graças também criticam a chegada dos projetos na última sessão legislativa da Casa. Ressaltaram a necessidade da geração de emprego, mas também a seriedade que será conduzida a votação desses projetos. “Vamos fazer de tudo que empresas se instalem e possam crescer. Mas não voto nada de afogadilho”, acrescentou José Luiz.
Por fim, o vereador e presidente da Casa, Lisandro Monteiro, informou que irá marcar a data para tramitação dos projetos assim que tiver um posicionamento da Comissão de Finanças, Justiça e Legislação. Ao todo, serão sete projetos votados pela Câmara antes do final de dezembro.