TUBERCULOSE

Aumento dos casos de tuberculose volta a preocupar o setor de saúde

Por: Roberto Nogueira | Categoria: Saúde | 22-01-2020 14:25 | 1841
Foto: Reprodução

Desde 2016 depois de dois anos seguidos em que os casos de tuberculose vinham caindo consideravelmente, em 2019, a quantidade de pessoas que apresentaram diagnóstico da doença voltou a crescer e preocupar em São Sebastião do Paraíso. Somente no ano passado o município registrou 20 casos da doença, volume muito acima das três ocorrências apuradas em 2018. Conforme a Secretaria de Estado da Saúde (SES-MG), a tuberculose é uma doença infecciosa e contagiosa, causada por uma bactéria que afeta principalmente os pulmões, mas também pode atingir outras partes do corpo.

A incidência da doença em fase crescente no Sul de Minas vem preocupando as autoridades de saúde em toda a região. Conforme diagnóstico apurado pela SES-MG foram detectados ano passado quase 100 novos casos da doença. Somente em Paraíso o índice saltou de três para 20, entre os anos de 2018/2019. Já no biênio de 2016/2017 foram registrados 11 e 10 ocorrências, respectivamente.

Há 10 anos quando o município apresentava indicadores inferiores ao de agora o Ambulatório de Infectologia da cidade decidiu intensificar a campanha contra a doença no município. Entre as ações adotadas e que surtiram efeito foram os esclarecimentos para a população que se tornaram mais  frequentes em todas as Unidades de Saúde da Família. Além das orientações aos pacientes em geral aqueles que apresentavam sintomas recebiam um acompanhamento especial. A doença em cura desde que a descoberta da enfermidade ocorra o mais breve possível.

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde a tuberculose é uma doença infecciosa e contagiosa, causada por uma bactéria que afeta principalmente os pulmões, mas também pode atingir outras partes do corpo. Em todo o mundo, são registradas aproximadamente 9,6 milhões de casos todos os anos, sendo uma morte a cada 21 segundos. Além disso, a tuberculose é transmitida de pessoa para pessoa através do ar, quando o doente tosse, canta ou fala mais alto.

Entre os sintomas da doença estão a tosse com mais de três semanas de duração acompanhada ou não de febre ao fim da tarde, suor noturno e emagrecimento. Caso a pessoa apresente estas características é importante procurar a Unidade de Saúde mais próxima para realizar o exame, diagnóstico da enfermidade e em seguida o tratamento. A tuberculose tem cura, e o tratamento é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Para que haja o máximo de aproveitamento é importante que o paciente tome os medicamentos de forma regular no tempo previsto. Após 15 dias de tratamento o paciente deixa de transmitir a doença. Além disso, é importante destacar que, quem convive com a pessoa com tuberculose também necessita de medicação.

A expectativa é de que o trabalho de conscientização deva ser intensificada antes mesmo de março, mês quando ocorrem as campanhas de prevenção da doença. A tuberculose, popularmente conhecida como tísica, mancha no pulmão ou pulmão fraco, pode também localizar-se nos rins, ossos, gânglios e outros órgãos. Quando atinge os pulmões, recebe o nome de tuberculose pulmonar, ao atingir outros órgãos é chamada de tuberculose extrapulmonar. Podem ocorrer outros sintomas como dispnéia (sensação de falta de ar), dor no peito (tórax), hemoptise (tosse com sangue), suor (sudorese), febre, dor de cabeça, falta de apetite e apatia e prostação (sensação de cansaço), entre outros sintomas.

Ela é transmitida através das gotas eliminadas no ar pela tosse, fala, e espirro de uma pessoa com tuberculose pulmonar. O contato direto e permanente com o paciente em ambiente fechado, com pouca ventilação e ausência de luz solar, representa maior chance de outra pessoa ser infectada com o bacilo da tuberculose. As gotículas menores, contendo o bacilo da tuberculose, têm maior chance de atingir o pulmão, o­nde podem se instalar e se multiplicar livremente. As maiores, que se depositam no chão ou sobre objetos como copos, pratos, talheres, não oferecem perigo de transmissão de doença. Não se pega tuberculose bebendo no copo ou utilizando o mesmo talher do paciente, desde que bem lavados.

Prevenção
Uma das formas de prevenção é a vacinação com BCG, administrada no braço direito da criança. Outra forma é através da qimioprofilaxia, que consiste no uso diário de uma medicação pelo período de seis meses, indicada para pessoas infectadas pelo bacilo, evitando assim o adoecimento.