’BIOLOGIA diz-se de ou organismo que vive de e em outro organismo, dele obtendo alimento e não raro causando-lhe dano.
PEJORATIVO •PEJORATIVAMENTE diz-se de ou indivíduo que vive à custa alheia por pura exploração ou preguiça. ’
O país passa por um processo de desconstrução absurdo, que não respeita ética, direitos, opiniões, leis, bom senso e nem mesmo leis naturais, pois é permitida e até estimulada a matança, como política de estado. Ser humano, ter opinião formada, um emprego decente e principalmente se for no setor público, virou um crime.
Tal qual o Collor com os Marajás, onde um funcionário que ganhava três salários mínimos era tratado como um privilegiado, o Sr. ministro da Economia do Brasil resolveu agredir os funcionários públicos, colocando-os todos no mesmo balaio da incompetência e da exploração das instituições onde prestam seu trabalho. Colocou a todos na mesma condição de exploradores do erário público. Se existem anomalias nestas instituições, que elas sejam corrigidas, mas nivelar a todos pela parte podre é pura má fé, e tem a clara intenção de jogar parte da população contra gente que só quer trabalhar.
Este Sr. acaba de produzir mais uma pérola; para justificar a alta desenfreada do dólar disse que, com a moeda americana barata, até empregada doméstica estava indo pra Disney. É mais um capitulo da cartilha que adota com naturalidade a agressão gratuita a negros, ao meio ambiente, a comunidade LGBT, aos índios, aos pobres, e etc.
E o assustador é que, parte da população parece não ter dado conta de que este processo de desmonte do estado, se levado a cabo, vai afetar o pais por décadas, até chegar alguém de bom senso e conserta-lo. Será que ninguém entendeu ainda que os policiais, os bombeiros, os lixeiros, grande parte dos professores, o judiciário, o ministério público, o INSS, a receita federal, parte das universidades, por sinal as melhores do país, a grande maioria dos pesquisadores, parte do sistema financeiro, o SUS e etc., são conduzidos por funcionários públicos, que em sua grande maioria ganha salários pequenos e degradantes? Será que poderemos abrir mão dos serviços destes profissionais e substituí-los por gente da iniciativa privada?
A iniciativa privada no Brasil só investe para ganhar muito dinheiro, nunca para fazer o país se desenvolver. Qual capitalista brasileiro colocou seu dinheiro em um empreendimento com a única e exclusiva finalidade de ver o país crescer e se contentou com um rendimento pequeno? Qual deles investiu no ser humano, no desenvolvimento e no combate à pobreza do Brasil?
Em raras exceções, os nossos financistas investem no patrimônio público, em suas variadas formas, usufruindo do investimento do estado para se locupletarem, aumentando assim nossa criminosa desigualdade social. São os defensores da privatização de tudo; para comprarem as empresas públicas por preços aviltantes e cobrarem da população valores escorchantes dos serviços prestados. Exemplo claro são os bancos privatizados há trinta anos, entre outros. A pátria do capital seguramente é outra.
Estes são parasitas, juntamente com o político vagabundo e desonesto, o cidadão corrupto seja funcionário do estado ou da iniciativa privada, o pequeno, médio e grande empresário e os profissionais liberais que sonegam seus impostos, gente que faz gato na energia, na televisão paga, emite e recebe notas fiscais frias, oferece e recebe propinas, prevarica e vive à custa do estado. Conhecemos muita gente assim.
O funcionário público brasileiro em sua imensa maioria trabalha, cumpre seu papel, atende a população, está presente em cada canto do Brasil, com conforto ou sem, muitas vezes abrindo mão do bem-estar seu e de seus familiares, e não merece ser tratado da forma pejorativa da palavra parasita, como este cidadão fez e deu a entender. O funcionário público como parte ativa da sociedade brasileira exige e merece respeito, e assim deve ser.
João Batista Mião – São Sebastião do Paraíso
(O Jornal do Sudoeste de 12/02/2020 informa que a Câmara de Vereadores desta cidade pediu a doação do antigo prédio do Fórum. Qual a Lógica?
Eles concordam e aprovam a doação de patrimônio público do município para instituições públicas e até privadas, e depois pedem patrimônio dos outros? Estão de brincadeira