Um ano depois de iniciado o canteiro de obras do Projeto Somma, em setembro de 1999, o deputado estadual Rêmolo Aloise anunciou uma auditoria para averiguar possíveis irregularidades no fatu-ramento. Segundo o parlamentar paraisense, havia “indício de corrupção entre o secretário adjunto, José Luciano Pereira e o prefeito Pedro Ce-rize”. O deputado apresentou ofício à Assembléia Legisla-tiva, dirigido ao secretário Henrique Hargreaves, da Casa Civil e Comunicação Social.
Uma comissão de cinco deputados iniciaram uma vistoria nos contratos. Foram levantadas irregularidades nos convênios em outros municípios do Estado, o suficiente para instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito - CPI.
No caso de Paraíso, a previsão de recursos para bancar o Somma era de R$ 4.553. 948,86. No percentual o BD MG arcou com (50%) R$ 2.276.974.43. A outra metade foi dividida em partes iguais (25%) entre Prefeitura e Estado.
CPI EM ANDAMENTO
Resultados da CPI não foram divulgados. A comissão solicitou documentos a Prefeitura de Paraíso e ouviu depoimentos de pessoas ligadas ao Projeto. Prefeito e vereadores de Paraíso chegaram a ser convocados para depor na Assembléia, no entanto, praticamente na véspera da data marcada, outro comunicado cancelou a convocação. Dentro do prazo contratual as obras deveriam ser concluídas em dois anos.