Mesmo com todas as incertezas que a pandemia trouxe ao mundo, o automobilismo está se alinhando para a temporada 2020.
A F-Indy deu a largada no último sábado (6) com uma boa prova no rápido oval do Texas Motor Speedway, vencida por Scott Dixon, e que marcou a estreia do ‘aeroscreen’, uma versão diferente e mais elegante que o halo adotado pela Fórmula 1.
Foi feito todo um planejamento para que o campeonato pudesse começar com os portões fechados e reduzido número de integrantes das equipes, pessoal de apoio, organização e imprensa.
A Indy foi a primeira categoria de peso depois da Nascar a dar a largada em 2020. A Nascar já estava com o campeonato em andamento quando o mundo foi invadido pelo Covid-19 e precisou parar. E depois de sete etapas sem a presença de público, a categoria norte-americana será a primeira a abrir os portões na corrida de amanhã, em Homestead.
Na verdade, trata-se de uma experiência que a Nascar vai fazer com 1.000 convidados que serão testados na chegada, terão que usar máscara e respeitar distanciamento nas arquibancadas, além da higienização como manda as normas da Organização Mundial da Saúde. E para a etapa de Talladega será permitido a entrada de 5.000 pessoas no próximo dia 21.
Aos poucos o mundo vai retomando suas atividades e é claro que isso não significa que o risco do coronavírus tenha passado. Pelo contrário, ainda vai levar tempo para nos livrarmos desta pandemia, mas com cautela, e cada um fazendo a sua parte (apesar de por aqui ser assustador a quantidade de pessoas que não entenderam a gravidade do problema e usam máscaras em baixo do queixo(!)) é possível retomar o esporte com planejamento e cuidados essenciais.
É verdade que em meio a tantas vidas que se foram, vítimas do coronavírus, perdas irreparáveis e prejuízos em (quase) todos os seguimentos, o que menos importa neste momento é o esporte. Mas ele trás entretenimento que ameniza os estragos causados pela pandemia, além de empregar milhares de profissionais no mundo todo. Então, é preciso que o esporte retome suas atividades.
A Fórmula 1 vai começar no próximo dia 5 de julho com duas provas seguidas na Áustria. A Liberty Media, dona dos direitos comerciais da categoria, ainda não definiu o calendário completo, divulgando apenas as 8 primeiras etapas, mas a expectativa é de que seja realizado entre 15 e 18 GPs.
Os desafios da Fórmula 1 são muito maiores que os da Nascar e da Indy por se tratar de um campeonato mundial em que é preciso cruzar fronteiras, atender às normas estabelecidas por diferentes governos no combate à pandemia. Mas já se fala inclusive na possibilidade de as últimas corridas do ano poderem receber público nos autódromos. Os organizadores do GP do Brasil, que deve acontecer em novembro, aguardam a confirmação da data para colocar os ingressos a venda.
Acho que ainda seja cedo para falar em abrir os portões de Interlagos numa cidade que é o epicentro da pandemia no país, situação que pode até impedir de a Fórmula 1 desembarcar em São Paulo se até lá a situação não estiver sob controle.
E por aqui, a Stock Car começa a ganhar forma e cores com as equipes apresentando seus novos carros em lives para a temporada que deve começar no segundo semestre.
Aos poucos o automobilismo vai se alinhando para o grid de 2020.