Minhas primeiras lembranças
Desta jovem senhora
Eram as tardes ensolaradas
Na piscina que eu brincava
Toda hora eu a importunava:
-Olha meu pulo , mamãe!
Ela nunca se cansava.
Se eu ficasse doente,
Tinha muito chamego e até presente!
Sempre muito elegante e prendada
Sabia tricotar, pintar, costurar
Nos seus braços nossas vidas e as vidas dos seus netos ela embalava,
Foi avó muito dedicada
Meu braço direito nessa empreitada.
O tempo passou
E foi aí que nos encontramos
Sem palavras, sem abraços, sem seus passos.
Conversávamos pelos olhos
E entendíamos com o coração.
Privilégio imenso que Deus me deu nessa vida,
Retribuí-la a cada dia sua tamanha dedicação!
Ficarão seu amor, as tardes ensolarada na piscina,
Só eu e ela
Minha mãe, minha querida, Ana Célia!
Sua filha Ana Cristina Alvarenga Negrão