Não estamos aqui a afrontar, muito menos a desafiar as nossas autoridades
Somente estamos a perguntar, está na hora ou não de voltarmos as nossas atividades.
Assistimos há muitas informações, orientações totalmente desencontradas
Algumas fecham caminhos, nos recolhem no ninho, outras abrem as estradas.
E no meio desse fogo cruzado, ¨cá estamos nós¨ sem saber a quem ouvir
Se tiramos as algemas, se abandonamos a quarentena, em que rumo devemos seguir
Tudo foi forte demais, está doloroso demais e isso nos pegou desprevenido
Quem tinha musculatura seguiu, não acabando por um fio, com quem já estava desnutrido.
Ah meu irmão!! Esses estão de dar dó, a fome chegou, o remédio sumiu
A esperança acabou, o leite secou e a carne ninguém mais viu
As contas vão ficando para depois, a prioridade agora é o feijão com arroz
Agora é hora de dividir o pão, o que já era pouco prá um, agora é no mínimo pra dois.
E o dinheiro? Esse eu nem te conto, ficou tão importante que fugiu
O que comentam dele, foi que emagreceu tanto, encolheu que quase sumiu
Deve estar viajando, resolveu passar uns tempos fora, onde nem é percebido
Anoiteceu e não amanheceu, saiu foragido. Porque agora no Brasil, são poucos os seus amigos.
Voltando para o povo, o que queremos é algo novo, chega de balela
O que está nos parecendo é que vocês estão querendo, é continuar na enrolação
E isso não está certo na nossa concepção, vamos logo avisando, o povo quer é solução
Continuar em quarentena, já rezamos até novena, agora é levantar esta nação.
A miséria vai se alastrando, vai se multiplicando e isso mata mais que as pandemias
Vamos todos nos unir, trabalhar e progredir, dar esperança nas vidas dessas famílias
Brasil coração do mundo, Pátria do evangelho!!
Vamos esquecer essas mazelas, saudando um mundo novo, deixando para traz o velho.
João Batista Brandão 06/05/2020