Preocupar-se com o entendimento é asserção que sustenta todo ato de escrita. Fazer-se entender não se reduz, porém, ao "falar simples". É assim. E é com isso que me preocupo. Clarice Lispector, escritora e jornalista ucraniana naturalizada brasileira, tem plena convicção disso, quando pontua a preocupação com a destinação dos textos que escreve: Porque é preciso mansidão e muita quando se fala com crianças. E ainda mais, escrever é procurar reproduzir o irreproduzível.
É preciso escrever, eu gosto e tento escrever sempre. Sei lá, não esperar aquele momento adequado para mim, mas nas circunstâncias dos outros, apesar da escrita ser uma ação difícil para escritores, compositores, jornalistas, professores e a maioria dos profissionais que tem na escrita seu instrumento de trabalho e ou seu hobby.
Nem pense que é fácil, não é, mas sim a satisfação do escritor ao ver o seu texto pronto e publicado nos jornais, nos livros e em todo o suporte de difusão... Vale a tentativa do esforço de tê-lo produzido, só isso basta.
"A escrita é uma das grandes invenções da humanidade, seu surgimento facilitou a comunicação entre povos distantes e entre outras, temos acesso a registros históricos", quando preservamos nossa memória, quando não a destruímos pelos incautos governantes ou administradores do bem público.
Hoje nem tanto, mas, saber ler e escrever, por muito tempo foi algo distinto, considerado um luxo. Escrever não é passatempo... Mas inspiração! Pensar e pensar em textos resumidos, senão ninguém lê, e, ainda assim se escreve demais. Escrever extensamente? Melhor escrever um livro, se puder.
Fernando de Miranda Jorge Acadêmico Correspondente da APC Jacuí/MG fmjor31@gmail.com