Comissão de Curativos da Santa Casa intensifica estomoterapia para recuperação de pacientes
Por: João Oliveira | Categoria: Saúde | 22-08-2020 09:50 | 708
A Santa Casa de Misericórdia de São Sebastião do Paraíso, por meio de uma comissão formada pelos enfermeiros Luzia Arantes Cintra, Rafael Ferreira Amorim e Tatiane Cristina Bianchi, vem há cerca de um ano intensificando a estomoterapia para a recuperação dos pacientes internados a longo prazo na instituição. O tratamento, que visa curar e prevenir feridas oriundas do longo período de internação, existe desde 1980.
Conforme explica a estomoterapeuta da equipe, Luzia Arantes Cintra, a estomoterapia é um serviço que existe desde a década de 80 e é uma atribuição do enfermeiro e somente um enfermeiro estomaterapeuta pode atuar nessa área. "O tratamento visa curar feridas crônicas que o paciente venha a ter com o tempo de internação.
O estomoterapeuta faz uma pós-graduação, como todo curso de especialização, e depois vai montando o trabalho dentro da área hospitalar ou até mesmo ambulatorial".
Com a criação da Comissão de Curativos, a equipe ampliou os cuidados com os pacientes, que agora vão desde o momento que ele entra na Santa Casa até o que ele deixa a instituição. Deste modo, o tratamento, que continua mesmo após a alta hospitalar, veio para complementar todo o processo de recuperação do paciente ofertado pelo Hospital. É o que explica o enfermeiro Rafael Amorim:
"Quando o paciente era internado com algum problema de saúde, dado ao longo período de internação, por ficar muito tempo acamado, com a mobilidade comprometida, surgiam algumas lesões. Até então não tínhamos na equipe um profissional específico para fazer o tratamento dessas lesões e, a partir daí, em conjunto com outros enfermeiros, montamos a Comissão de Curativos", conta.
De acordo com o enfermeiro, a comissão busca tratar o paciente de uma forma holística, ou seja, como um todo, não só as patologias e as lesões. "Nós queremos fazer a prevenção de lesão desde o momento que esse paciente chega à Santa Casa até o momento da alta. Atualmente temos trabalhado em um projeto para que esse trabalho possa vir a funcionar no ambulatório e esse paciente, após a alta, possa retornar ao hospital para dar continuidade no tratamento", acrescenta.
Embora o tratamento seja ofertando durante a internação, a equipe destaca ainda que a recuperação total depende muito da continuidade do tratamento mesmo após a alta pelo paciente. "Entre alguns casos marcantes, tivemos um que ficou muito tempo internado e que teve uma ferida muito grande, de 15 a 20 cm, ferida profunda. Mas com o trabalho da comissão conseguimos melhorar essa lesão, tendo ele voltado para casa.
Ainda matemos contado com este paciente, que está totalmente curado. Essa é a parte mais gratificante do nosso trabalho", finaliza.