A Santa Casa de Misericórdia de São Sebastião do Paraíso ampliou a equipe de assistência social a fim de intensificar o que a nova gestão vem buscando oferecer ao município desde que assumiu o hospital: o atendimento humanizado aos pacientes assistidos pela instituição do momento que entram no hospital até a sua pós-alta. O projeto, que possibilitou a intensificação e ampliação da equipe, foi desenvolvido pelas assistentes sociais Walmira Pereira Ribeiro e Renata Mendes Cardoso.
Walmira, que está na Santa Casa há 16 anos, conta que os trabalhos eram desenvolvidos por ela e pela Renata, e que pensando em melhorar o atendimento, desenvolveram o projeto intitulado “o acolhimento”, que possibilitou a contratação de outras três assistentes sociais, tornando possível o atendimento, não apenas ao paciente, mas às suas famílias antes mesmo de serem procuradas no Hospital.
O projeto viabilizou que uma assistente social pudesse ficar na porta de entrada da Emergência, atendendo à maioria das pessoas que chegam ao Hospital, entre pacientes e familiares/acompanhantes. “É um trabalho de acolhimento, que oferece a essas pessoas informações sobre os seus direitos, normas e rotina do Hospital, entre outras informações que precisam no momento que chegam à Santa Casa”, explica.
A preocupação e bem-estar com o paciente continua mesmo após a alta hospitalar. Conforme conta a assistente social, logo após o primeiro atendimento, é feito a evolução no prontuário do paciente, passando o caso para a assistente social que atende na ala interna do hospital e que, por sua vez, faz o acompanhamento deste até a sua alta, para que se tenha o que elas definem como alta responsável.
“A alta responsável é o acompanhamento do paciente durante todo o período de internação, onde é identificado o que ele e a família precisam, sendo feito contato com a rede de assistência que continua o acompanhamento deste paciente após deixar o hospital”, explica.
Walmira conta que varia o perfil dos pacientes, sendo atendidos muitos em situação de vulnerabilidade social e econômica, além de pacientes que não têm família ou até mesmo de família desconhecida, sendo neste caso feita uma pesquisa para tentar identificar os seus familiares ou responsáveis.
“No caso do paciente morar sozinho, buscamos intermediar o que chamamos de institucionalização, procurando uma vaga para esse paciente em alguma casa de repouso na rede. Assim, sairá daqui de forma segura”, acrescenta. Todavia, ainda são atendidos pacientes que dispõem de uma retaguarda familiar e não vão necessitar tanto das assistentes sociais, mas há aquele cujo o trabalho da equipe será de vital importância.
A política de humanização do atendimento faz parte do acompanhamento do paciente. Desta forma, caso seja identificado a necessidade de continuar prestando assistência a essas pessoas que foram hospitalizadas, Walmira destaca que a equipe não pode ser negligente, sendo feito contado com os demais órgãos que compõem essa rede de assistência, entre eles o Conselho Tutelar, CRAS, CREA, Asilo, Hospital Gedor Silveira, entre outros. A intensificação do atendimento da Assistência Social no Hospital também possibilitou a inclusão de uma assistente social no setor de hemodiálise.
“Os pacientes da hemodiálise são um perfil mais carente, que precisam desse profissional para promover orientação ou alguma articulação para o caso precisem viajar, sendo que o paciente precisa pensar que, seja para qualquer lugar que ele vá, necessitará de fazer a hemodiálise. Além do acolhimento, e das informações que são prestadas a esses pacientes, também damos toda a orientação no que tange os seus direitos: a questão da previdência social e benefício para àqueles que não são contribuintes. O trabalho do assistente social é muito importante dentro de um hospital”, destaca.
Além disso, outro projeto que foi desenvolvido pela equipe da Assistência Social do Hospital da Santa Casa foi a “visita virtual”, tendo em vista que os pacientes internados como caso confirmado ou suspeito de coronavírus não podem receber visita in loco. “O projeto foi rapidamente acolhido pela direção do hospital. Compramos um tablet, que é usado por pacientes para que tenham contato com seus familiares por meio de vídeo chamada. Mesmo distante, sem poder ter contato físico, a família pode ‘visitar’ o paciente e ver como ele está”.
Walmira ressalta que a população conta com trabalho de um assistente social na porta de entrada do Hospital, o que possibilita um contato maior com todos que chegam à instituição, logo um acolhimento diferenciado para resolver rapidamente as questões de necessidade dessas pessoas que procuram a Santa Casa de Misericórdia de São Sebastião do Paraíso, principalmente agora, em tempos de pandemia em que as informações são tão requisitadas pelas famílias dos pacientes internados. “Sinto-me realizada, porque acredito que estamos realizando um bom trabalho”, finaliza.