Ah! Os livros! Num período em que nosso país tem discutido a cobrança de impostos sobre eles, venho levantar a bandeira da não taxação. Por isso, trago algumas informações que podem nos fazer pensar um pouco mais sobre a importância dos livros para uma sociedade.
O livro figura dentre os maiores inventos da humanidade: sintetiza desde ensinamentos científicos até históricos; o livro instrui, o livro informa, o livro educa! É por isso que podemos considerá-lo como um dos grandes responsáveis por promover a circulação dos saberes entre os homens, mesmo em épocas digitais, como a nossa. Aqui temos a primeira razão pela qual deveríamos defender os livros: livro é conhecimento!
O livro também promove o desenvolvimento do senso crítico, à medida que nossa capacidade de interpretação vai se ampliando a cada uma das leituras que fazemos, ao longo da vida. Só conseguiremos entender melhor o mundo a nossa volta, quando conseguirmos elaborar reflexões que considerem os diferentes pontos de vista e as perspectivas distintas das nossas podem ser conhecidas também pelos livros. Mais uma bora razão para defendermos os livros: livro é bom senso!
O livro ainda é veículo de cultura. Neles encontramos o folclore dos diversos povos, as histórias de formação das diferentes tradições, os registros linguísticos de distintas sociedades. Os livros nos revelam a arte, em suas mais variadas manifestações. Eis mais um bom motivo para a defesa dos livros: livro é cultura!
Ademais, o livro também é prazer e diversão. Muitos têm nos livros o tempo de lazer necessário para aliviar o estresse cotidiano. Quando escolhemos um livro sabemos que poderemos nos emocionar, nos encantar ou até mesmo, nos afligir com a narrativa. É comum ouvirmos por aí que a leitura é uma viagem. E, por assim ser, temos mais uma razão para defendermos os livros: livro é entretenimento!
Justamente por tudo isso, defendemos a ideia de que os livros devem ser acessíveis ao maior público possível. Com a taxação, isso tende a acontecer de modo inverso: encarecer o custo do livro é fazer que menos pessoas tenham acesso a ele. Lembremos que no Brasil os livros já não são baratos e que mesmo os e-books poderão ter seu valor aumentado. A grande questão é: devemos mesmo afastar um veículo de conhecimento, de bom senso, de cultura e de entretenimento de uma parcela ainda maior da população? Quais os impactos disso para o nosso futuro como nação? O livro é o mal do qual precisamos livrar a nossa sociedade?
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Michelle Aparecida Pereira Lopes é uma professora apaixonada pelas Letras. É doutora em Linguística pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Ministra as disciplinas relacionadas à Língua Portuguesa na Universidade do Estado de Minas Gerais, UEMG - Unidade Passos. Também ensina Gramática no Ensino Médio e Cursinho do Colégio Objetivo NHN, Passos.