Sebastião Pimenta Filho*
Nada como marcar horas felizes jogando conversa fora em pontos turísticos, como o Pinguim, em Ribeirão Preto, ou ainda no glorioso Bar do Léo, tomando chope com milimétricos três dedos de creme, acompanhados com famosos bolinhos de bacalhau, no centro de São Paulo.
Quem não se lembra nos idos dos anos 80 dos comerciais na tevê, “O baixinho da Kaiser” a ganhar espaço na memória dos consumidores na briga das cervejas. Ou, ainda a “A Pílula do Homem”. Não, não era o Viagra. Mas a promessa do Engov para curar a ressaca.
Finalmente o Bar Beto Batata, em Curitiba, “o palco da cena da história que não vem na conta”. Uma mulher bem vestida chega ao balcão e pede um chope escuro. Naquele tempo coisa rara, mulher sozinha tomando chope no balcão. Assim que foi entregue, ela se dirige calmamente a uma mesa onde havia um senhor de meia idade, sentado com uma linda garota e lentamente derrama todo o conteúdo na cabeça dele, que aguentou impávido o jorro gelado.
Nenhuma palavra, nenhum escândalo. Ela virou as costas e saiu.
Ninguém foi cobrar o chope.
* Sebastião Pimenta Filho, Cronista, Historiador