Com os crescentes números de infecção pela Covid-19 em São Sebastião do Paraíso, e também de óbitos nas últimas duas semanas, o secretário municipal de Saúde, Wandilson Bícego, destaca que a prefeitura vem se empenhando no que diz respeito as ações fiscalizatórias a fim de frear o avanço da doença em Paraíso.
“Recentemente, depois de ter aderido ao Minas Consciente, intensificamos a fiscalização novamente, com ações que aconteceram no final de semana passada, nesta semana com fiscalização na rua de manhã, a tarde e noite. Às vezes a população não vê os fiscais, mas eles estão atuando sim nos estabelecimentos”, destaca.
Conforme o secretário, quem estiver descumprido as regras é multado. “É dessa forma que estamos tentando evitar que cada vez mais o vírus se prolifere no nosso município, mesmo tendo aumentado recentemente os números de casos positivos”, destaca.
De acordo com Bícego, apesar dos números de óbitos por Covid-19, Paraíso ainda é considerado uma das menores taxas de letalidade da região. “Temos também uma das maiores taxas de incidência da doença, tendo em vista o número de testes que estamos realizando, ou seja, quando mais testamos, mais fácil identificamos os casos positivos e automaticamente os isolamos, evitando uma contaminação ainda maior”, avalia.
Wandilson destaca o trabalho intenso da Comitê de Enfrentamento a Covid-19, da Vigilância Sanitária e Vigilância em Saúde, na busca por identificar os pacientes contaminados pela doença e, assim, poder isolá-lo evitando a sua propagação. “Se fôssemos trabalhar estatisticamente, éramos para estar com mais de 1.500 casos positivos, mas estamos dentro do esperado”, conta.
Sobre os óbitos, Wandilson diz que, infelizmente, é uma situação que foge ao controle do Poder Público e tem mais a ver com a consciência da população em tomar todas as medidas preventivas para evitar a contaminação e transmissão da doença.
“Pelos números atuais, observamos que grande parte dos infectados é a população produtiva, ou seja, pessoas de 20 a 60 anos. Essas pessoas se contaminam, acabam levando vírus para dentro de casa, tendo contato com os pais e avós, que tem uma resistência menor ou alguma comorbidade, e que acabam vindo a óbito”, ressalta.
Por fim, o secretário destaca que 80% dos casos positivos é justamente esta população produtiva, e a taxa de óbito na população de acima de 60 anos é de quase 95%. “Estamos fazendo tudo que podemos. A Santa Casa está seguindo todos os protocolos e nós também. Tivemos reunião do nosso comitê na terça e nesta sexta, para seguir as alterações do protocolo e tomar as medidas necessárias para frear o avanço da doença”, completa.