Duas brasileiras estão na final do programa da Federação Internacional de Automobilismo que visa levar uma mulher para a Fórmula 1 num futuro próximo.
Antonella Bassani de 15 anos, e Julia Ayoub, de 14, concorrem a uma vaga na academia de formação de jovens pilotos da Ferrari juntamente com a francesa Doriane Pin (16), e a holandesa, Maya Weug (16).
Elas chegaram até aqui depois de serem escolhidas entre as 20 melhores de uma seletiva que começou observando o currículo de 70 meninas pilotas do mundo todo e que foi afunilando a cada etapa eliminatória para 12, depois 8, até chegar às quatro finalistas cuja vencedora assinará contrato com a Ferrari para ingressar sua concorrida Academia de Pilotos. Surpreendentemente uma das favoritas acabou ficando fora da fase final, a japonesa Juju Noda, considerada um fenômeno do automobilismo mundial com apenas 14 anos de idade e que vem ganhando destaque no automobilismo europeu vencendo corridas na própria F4 que será a categoria que a vencedora do programa da FIA disputará no ano que vem e que é o primeiro passo para quem sai do Kart para trilhar os caminhos do automobilismo rumo à F1.
O programa é destinado a meninas de 12 a 16 anos e elas vem sendo avaliadas dentro e fora das pistas desde junho com treinamentos físicos, psicológicos, de segurança, com engenheiros, testes de pista, de postura diante da imprensa, alimentação, reflexo, e tudo o que envolve a formação de um piloto profissional, independente de ser do sexo masculino ou feminino.
Antonella é catarinense e começou a competir por paixão à primeira vista pelo Kart aos 9 anos de idade, e mesmo tendo sofrido um forte acidente em 2013 com grave lesão no pulmão, superou os traumas, deu a volta por cima e continuou brilhando nas pistas do sul do país e no exterior.
Julia é paulista, brilhou nos kartódromos brasileiros e tornou-se no ano passado a primeira mulher brasileira a disputar os concorridos campeonatos Europeu e Mundial de Kart.
Elas foram as melhores da semifinal que terminou nesta semana no Circuito de Paul Ricard, na França, e de segunda a sexta-feira próximas, elas terão sessões de treinamento e avaliação na própria Academia da Ferrari, na pista de testes da fábrica, em Fiorano, na Itália, com carros de Fórmula 4. Em dezembro será divulgado o nome da vencedora que, tomara, possa ser a próxima mulher a competir no futuro na F1 desde a italiana Giovanna Amati, em 1992.
Há um esforço e desejo da própria Federação Internacional de Automobilismo para a chegada de uma mulher na principal categoria do automobilismo. A própria F1 lançou neste ano a campanha “We Race As One” (Corremos como um só), abraçada por Lewis Hamilton que vem lutando não só contra o racismo e o preconceito, como também pela maior diversidade no esporte e no automobilismo.
E o Brasil de tanta história e tradição na F1, quem sabe possa ter uma pilota pela primeira vez na categoria. A sorte está lançada e a coluna Pole Position acompanha a batalha e deseja sorte e sucesso às duas brasileiras.
Stock Car e Nascar
Depois de dois anos fora do calendário por questões burocráticas, a Stock Car está de volta a Curitiba para três corridas neste final de semana, começando com a 8ª etapa hoje, com largada às 11h, e a rodada dupla de amanhã, também com largada às 11h, tudo ao vivo no SporTV. E o domingo promete emoções em Phoenix (EUA) na decisão do título da Nascar, ao vivo às 17h no canal Fox Sports, com quatro pilotos na final: Joey Logano, Brad Keselowisk, Chase Elliott e Danny Hamlin. Quem chegar na frente será o campeão.