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Crônica

Por: Redação | Categoria: Do leitor | 07-11-2020 16:14 | 690
Foto: Reprodução

Doença é algo para se pensar seriamente, tantos pensamentos, tantas teorias, e milhares de especialistas, gastando horas e horas, meditando sobre o assunto, e finalmente o doente, não importa sua origem, cultura, tradição, raça, cor, masculino, feminino, criança, idoso, todos um dia se sentirão a mercê da sorte, ou como se diz, “você está nas mãos de Deus”.

Passei por uma doença e foram justamente essas palavras que ouvi do cardiologista. No momento, pensei, mas não falei: Bem melhor estar nas mãos de Deus que dos médicos. A medicina do rato,  gosto de chamá-la assim, sofre de uma grave doença, pensa ser a salvação do ser humano, este sem ter onde e a quem recorrer, acredita piamente nisso, menos este que escreve e deixa aqui sua história sobre como descobriu a outra medicina, até então menosprezada pela AN VISA: Os remédios da homeopatia não podem ficar estocados na prateleira embora tenham validade de um ano, portanto, tem que ser manipulados para depois serem vendidos quase que hora.

Bem antes que este contato com o cardiologista ocorresse, fui, anos atrás, à procura de um tratamento para bronquite numa clinica médica. Com a consulta agendada, fui encaminhado a uma sala de atendimento, onde um médico diferente me aguardava. Sentado estava com as pernas esticadas sobre a mesa e me chamou pelo nome: e aí, Mariano! Qual o problema? Respondi: - Bronquite! Ele sem mudar a posição pegou um bloco e passou a receita. E me olhou sorrindo. Não é que gostei do médico, mas não virou um caso de amor (risos). Maneira de falar já que o dr. R.Poli me surpreendeu, nunca tinha visto uma consulta tão rápida na minha vida.

Estava escrito: Celestone. Impressionante, foi o melhor remédio que tomei e que me aliviou por um bom tempo. Mais adiante, com a garganta inflamada, procurei um médico particular e com ele iniciei o tratamento. Foram meses de tratamento com antibiótico sem nenhum resultado satisfatório. Tomei a decisão de ter uma conversa séria com ele. – Doutor, me explica esta contradição: quanto mais tomo antibiótico, mais parece piorar! Esta Rifocina não cura nada, por que será? – Bem, seu problema não tem cura, é um caso de genética! –Mas, doutor, não existe outro remédio que possa curar? – Não

Existe! –  Tem outra medicina? – Bem, existe outra, a Homeopatia, mas é igual água, não cura nada! – Como assim? – Um amigo meu tomou um vidro inteiro de uma vez e não aconteceu nada, nem morreu! Estava espantado. – Não morreu? Tinha que morrer? Ele respondeu: se alguém virar um vidro todo de remédio nosso, morre intoxicado, ou pode morrer se não for encaminhado urgente para o hospital.

Foi nesse momento que percebi a grande diferença entre a medicina alopática e a medicina homeopática. A primeira pode matar, a segunda é igual água, não mata ninguém, só se morrer afogado!

Paguei a consulta e saí do consultório. Na rua, olhei pela última vez o consultório e pensei comigo “vou procurar a Homeopatia, a medicina que não mata! Dias depois eu chegava à cidade de Ribeirão Preto (SP) e logo na rodoviária encontrei a Livraria Pequeno Príncipe, especializada em livros de homeopatia. Comprei vários livros com a orientação da mulher que me atendia; ela fazia curso de Homeopatia numa escola da cidade. E assim conheci Samuel Hahne-mann, alemão descobridor da Homeopatia. “O principio da Homeopatia foi mencionado pelo médico grego Hipócrites que dizia que a verdadeira medicina é aquela cujo semelhante cura semelhante e que foi contestada por Galeno que acreditava no oposto e dessa crença teria surgido a Alopatia. Em 1790, Hannemann traduziu o Tratado Matéria Médica do inglês Willian Cullen, que relatava as propriedades curativas da Chinchona officinalis, ou quinina, contra a malária.

Intrigado, testou em si mesmo a substância e desenvolveu sintomas semelhantes aos da doença. Subitamente, tomou consciência do que ocorrera: Quinina acarretava sintomas semelhantes aos apresentados pela enfermidade que curava, Hahnemann experimentou outras drogas. “Os testes confirmaram sua teoria. Cada remédio provocava uma doença similar àquela para a qual era ordinariamente receitado: Similia similibus curantur, “Semelhante cura semelhante” Hahnemann desvendara assim o principio da Homeopatia”.

Na minha visão há uma eterna luta entre Alopatia versus Homeopatia, e a segunda sempre foi perseguida pela primeira que representa a indústria ou laboratórios farmacêuticos. A Alopatia se utiliza de complicados aparelhos tecnológicos amparada por instrumentos da física, química, biologia e eletrônica, mas a arte da cura em si, ou seja, do remédio para curar fica devendo em muito, porque seus remédios são produzidos em laboratórios com nomes complicadíssimos e com bulas de arrepiar os cabelos, e efeitos colaterais violentos.

Mesmo assim em cada esquina as farmácias alopáticas surgem aos montes, dando idéia de como a indústria alo-pática é lucrativa. Minha mãe, que Deus a tenha, um dia disse para mim: “Filho, olha a bula desse remédio! – O que tem mãe? – Ah não vou tomar esse remédio não, pode atacar o fígado, coração, rins, cair os cabelos! Tempo depois ela sofreu AVC e no primeiro momento foi encaminhada ao pronto socorro municipal. Cheguei com ela numa cadeira de rodas. O médico olhou e pediu para a enfermeira que fosse dado soro (água + sal) para minha mãe, e disse para mim: “- Não se preocupe, ela está bem melhor que você!”Não era possível, devia ele estar tentando me acalmar, ou gozando com minha cara. Dias depois ela deu entrada na Santa Casa de Misericórdia, aonde veio a falecer em 29 de fevereiro de 2008.

Foi perdido muito tempo levando minha mãe no Pronto Socorro, pequenas instalações, sem equipamento para diagnóstico preciso e sem médicos capacitados para ver a gravidade da situação e pedir interna-mento urgente. Com relação à minha garganta, li e reli com cuidado os livros que havia comprado mandei manipular o remédio e em seis meses curei minha garganta, graças a Deus! Hoje, 05 de novembro de 2020, nem o vírus chinês me assusta.

Rubens Mariano
Ciências Sociais