A Oficina de Teatro Sebastião Furlan promoverá na próxima sexta-feira dia 27, ao vivo pela TV Sudoeste, às 20h, o 1º Festival de Cenas Curtas. A ideia veio ao encontro com a atual situação vivida pelos atores, que diante da pandemia da Covid-19 não puderam promover eventos com apresentação ao vivo e presença de público. Nesse sentido, os atores teatrais foram os mais prejudicados, mas algumas ideias vêm possibilitando que ainda possam exercer sua arte para a população paraisense.
É o que destaca o professor e diretor teatral na Oficina, Kayho Rodrigues, que sob sua direção e da professora Kátia Mumic, promovem o 1º Festival de Cenas Curtas da Oficina Sebastião Furlan. “Foi a única alternativa que encontramos para produzir algo neste ano, tendo em vista a pandemia. Esse espetáculo consiste em 12 cenas, ou seja, serão 12 esquetes de humor, que são historinhas engraçadas adaptadas de programas de televisão para o teatro. A duração será de 50 minutos”, destaca.
Pensando nos protocolos da Saúde, Kayho ressalta que cada esquete terá apenas dois atores “A solução foi produzir essas cenas com dois atores, de modo que não haja nenhuma interação física e que se mantenha o distanciamento social. Serão 11 atores e a transmissão será ao vivo pela TV Sudoeste, na sexta-feira, às 20h”, acrescenta.
EMOÇÃO AO VIVO
Kayho ressalta que foi pensando na apresentação ao vivo para trazer um pouco da vida do teatro para a TV, uma vez que esses atores, assim como ele, sentem falta do frio na barriga que a apresentação teatral causa em seus atores. “Queríamos uma maneira de conseguir fazer teatro e ter aquele frio na barriga ao entrar em cena. Até pensamos em gravar, mas não seria a mesma coisa, porque no teatro, ao vivo, é o aqui e o agora”, destaca.
Conforme o professor, trabalhar o teatro na pandemia foi muito complicado, principalmente no começo. “Muitos alunos deixaram o teatro no início, e muitos retornaram em agosto porque viram que o teatro não tinha parado. Nós continuamos com a Oficina, por meio de vídeo aulas pelo Google Meet”, recorda.
O Festival de Cenas Curtas, conforme ressalta Kayho Rodrigues, começou a ser pensado em agosto. “Não foi fácil, porque no teatro estamos muito acostumados com a interação, com o toque, todos ali, presentes. E fazer teatro com todo mundo longe, cada um na sua casa, é muito diferente, estranho”, comenta.
Kayho ressalta que quando foi anunciado o Festival, os alunos ficaram muito felizes. “Muitos não pensavam que iríamos ter alguma apresentação neste ano, já que não poderíamos receber o público no teatro. Com essa transmissão pela TV, conseguiremos chegar até o nosso público, levar o teatro até as pessoas, que poderão acompanhar pelo celular, pela TV e ainda terá esse festival para ver a qualquer momento, já que ficará gravado. Estamos muito ansiosos e desesperados para fazer teatro”, completa.