Pensar muito para escrever, ficar escolhendo temas para os textos, não tem graça não, nem vale. Perde o ‘time’ da redação do jornal para a publicação, isso quando tratar-se de matéria ‘quente’, ‘da hora’ e para quem tem coluna semanal. Quando a matéria é ‘fria’, ou matéria de gaveta, aquela que é independente de sua atualidade para ser publicada, oferece mais tranquilidade ao escritor, não requer publicação imediata, qualquer tempo e hora.
É assim: vem o “plim”! Rascunho na agendinha de cabeceira. Se à noite, ou na madrugada, ou de dia, materializo, levo ao computador, edito, organizo até deixar no ponto para a redação do jornal e envio. As minhas crônicas são os temas da hora e os diários. Aqueles factuais. Uma reportagem datada, ou seja, precisa ocorrer naquele momento, dentro do período no qual acontece. Vejam que o escritor de um livro leva anos até sua edição final. Vamos nós, chegando próximo de mil artigos entre crônicas e editoriais.
Às vezes, penso em parar, mas ainda não me sinto “ultrapassado”. Mas... parar por quê? Enquanto posso escrever ‘verdades’ do dia a dia, do cotidiano e da nossa cidade, sempre haverá leitores e leitoras que gostem, ou não, mas muito fieis, e pelo prestígio dos tabloides que represento. Penso assim. E vamos escrevendo para vocês, leitores (as).
Fernando de Miranda Jorge
Acadêmico Correspondente da APC
Jacuí/MG
fmjor31@gmail.com