O prefeito de São Sebastião do Paraíso, Marcelo de Morais, surpreendeu seus ex-colegas de Câmara e os novos vereadores eleitos ao comparecer junto com o vice-prefeito Daniel Tales, da Sessão Ordinária, na segunda-feira,8. Ele participou da reunião e fez uso da Tribuna quando apresentou um resumo das principais ações realizadas pela sua administração à frente da Prefeitura em praticamente 40 dias de governo. O combate ao Covid-19, a crise no transporte coletivo e os debates em torno da volta às aulas estão entre os destaques mencionados, assim como as ações para a geração de empregos e melhorias estruturas na cidade.
Disse ter recebido a Prefeitura com um montante de R$ 23 milhões de restos a pagar, além de R$ 26 milhões de dívidas fundadas. Ressaltou ainda os valores que foram cancelados, cerca de R$ 16,5 milhões, e que ainda não se sabe o que gerará de ações judiciais e, consequentemente, precatórios.
Durante a sua fala aos vereadores o prefeito detalhou sobre as negociações para tentar resolver o problema da falta de transporte coletivo na cidade. Do processo de contratação emergencial três empresas se apresentaram, mas os pedidos de subsídios de R$ 200 mil, R$ 150 mil e R$ 120 mil inviabilizaram as tratativas. “A empresa que estava atuando chegou pedir R$ 90 mil, mas não apresentou a documentação exigida. Continuamos avaliando a melhor forma de suprir esta necessidade de forma urgente e acreditamos que em breve teremos uma resposta”, disse.
Outro assunto destacado por Marcelo foram as mudanças no Centro de Covid. “Ampliamos de quatro para 14 as vagas existentes com apoio dos prefeitos da região, mas colocamos a mão na massa, quebramos parede para ampliar o espaço”, afirma. Com isso o local passou a atender 24 horas e desafogou a Santa Casa. “Podem ir lá e verificar não tem fila, não tem espera os novos casos estão diminuindo da mesma forma que as internações, porque não somos omissos e nem seremos levianos”, aponta.
A questão da volta às aulas ele mencionou que foi pedido um planejamento de ações todas as escolas. “Quando decidirmos a hora de voltar e com segurança para todos, que ninguém seja surpreendido e não esteja preparado”, adverte. Ele chegou a admitir que o assunto chegou a lhe tirar o sono. “As aulas não voltam agora, mas, todas as escolas estão fazendo as ações necessárias”, completa.
Por mais de uma hora ele falou de vários assuntos como as ações para fortalecer a geração de empregos com apoio a instalação e expansão de empresas no município. Mencionou ter recebido 23 milhões em dívidas a pagar e que pretende desenvolver um trabalho para restituir ao Instituo de Previdência o que o Município deve. Da mesma forma falou da intenção de pagar aos ex-funcionários as rescisões de 2016, avaliadas em cerca de R$ 6 milhões. “Estamos planejando para irmos pagando aos poucos, para que não vire precatórios”, adiantou.
A presença do prefeito na casa de forma espontânea foi destacada por vários vereadores. “É um bom sinal, eu nunca tinha visto um prefeito comparecer assim em início de mandato para prestar contas do que está sendo feito”, observou Antônio Picirillo que está no seu terceiro mandato como vereador. O presidente da Câmara, Lisandro José acentuou que “outros eram convocados e nem assim compareciam”, acrescentou.
O prefeito assegurou que está será uma constante em sua administração e pediu que os vereadores o cobrem. “Não se privem de criticar, cobrar e fiscalizar a administração porque estas situações me darão condições de corrigir os rumos e atitudes”, observou. Antes de encerrar disse que pretende retornar para anunciar outras boas notícias ao Legislativo e a comunidade paraisense.