“Habemus Fórmula 1”, e o público já pode ir se acostumando ao novo slogan: “F1 é na Band”! Finalmente chegou ao fim uma novela que se arrastava desde agosto passado quando a Globo anunciou que não tinha mais interesse em continuar com a categoria e abriu um leque de incertezas de onde/ quem transmitiria, ou se teríamos F1. E o final foi feliz, a Band é a nova casa da categoria num dos únicos países do mundo que ainda mantém todos os GPs na TV aberta, uma das razões de sair daqui ¼ de toda a audiência televisiva da categoria. É uma marca importante que não poderia correr o risco de acabar. A F1 se tornou produto de nicho e está mais voltada para a TV fechada, ou o streaming, mas por aqui criou-se uma paixão que brotou nos anos 70 com Emerson Fittipaldi, passando por Nelson Piquet, Ayrton Senna, e se manteve viva nos períodos de vacas magras, permanecendo até hoje mesmo sem nenhum piloto brasileiro competindo.
Mudanças de ares são benéficas. Havia tempos que a Globo dava sinais de desinteresse com a F1. O produto já não vinha sendo bem tratado pela emissora mesmo com uma média nada desprezível no Ibope por um público fiel que provavelmente migrará para a Band. Foi a Band quem fez a transmissão ao vivo da primeira temporada completa da F1 para o Brasil, em 1980, ano das primeiras vitórias de Nelson Piquet. No ano seguinte a Globo assumiu os direitos de exclusividade, mas ultimamente vinha impactando as tentativas da Liberty Media implantar o “F1TV Pro”, serviço de streaming da categoria para assinantes, disponível na maioria dos países, mas vetado aqui pela Globo.
Este era um dos motivos que vinham desagradando a Liberty Media, dona dos direitos da F1, além da ausência da cerimônia do pódio nas transmissões da Globo nos últimos anos.
A Band agora está com a bola toda, ou melhor, com a mão na roda. No final do ano passado a emissora fechou contrato para transmitir todas as etapas da Stock Car e Copa Truck, e de uma só vez acabou ficando com a nata do automobilismo. Todos os GPs da F1 serão mostrados ao vivo na TV aberta, com os treinos livres e classificação ficando a cargo do canal a cabo, Band Sports, que de quebra transmitirá as provas de F2, F3 e também da F-Indy que já é tradicional na grade do canal.
E um time de peso está sendo montado para a cobertura com Reginaldo Leme e Mariana Becker já confirmados. O Grupo Bandeirantes tem tradição nas coberturas da F1 no rádio. Eu aprendi a ouvir corridas pela Rádio Bandeirantes desde o começo dos anos 80 e até hoje eu só assisto às corridas com olhos na TV e ouvidos na Band News FM. Eu sempre brinco que o time comandado por Odinei Edson, no rádio, é a melhor equipe de F1 com Julianne Cerasoli, Alessandra Alves, Luiz Fernando Ramos, Castilho de Andrade e Fábio França. O pacote agora está completo com a F1 no rádio e TV do mesmo grupo.
Mini corrida aos sábados(???)
As equipes da F1 pediram mais detalhes antes de aprovar a ideia de realizar uma mini corrida aos sábados para definir o grid de largada da corrida do domingo. A intenção é testar o formato nas pistas de Monza, Montreal e Interlagos e havia a expectativa de que fosse aprovado na reunião do Conselho Mundial da Federação Internacional de Automobilismo, na última quinta-feira.
Quer minha opinião? Sou contra. Definir o grid com o resultado de uma mini corrida só aumentará a distância da Mercedes para o resto. O ideal, então, seria o grid ser formado de acordo com a volta mais rápida de cada piloto na corrida do sábado, e não pela ordem de chegada. Fica a sugestão.