Eu quero estar junto a ti. Quando o carnaval chegar, eu quero reviver outros carnavais. Lembro-me de vários e de muitos acontecimentos bons e ruins, de pessoas, de amigos e amigas. Eu não gosto de Carnaval em si, nunca gostei, mas havia coisas boas de ver, como os desfiles das Escolas de Samba da primeira divisão grupo especial, atração à parte.
A competição, a apuração dos quesitos, a empolgação da aclamação “DEZ”! A bateria da Mocidade Independente de Padre Miguel. Os blocos carnavalescos de todos os estados brasileiros: A Banda de Ipanema; do Cacique de Ramos (Fundo de Quintal de todos os “Biras” – Bira Presidente, Ubirany, Ubiracy, e dona Conceição, e senhor Domingos); da Banda Mole, de Belo Horizonte, e sua irreverência. Era bom ... ‘Quando o carnaval chegar’.
Hoje, a – pandemia – destruiu os sonhos da rapaziada e daqueles operários do samba que batalhavam o ano inteiro, atrás da doce ilusão da espera: ‘Quando o Carnaval Chegar’.
Parece que foi um rio que passou em nossas vidas. Agora, é cinza e não é na quarta-feira. Quando o Carnaval Chegar, eu vou continuar seguindo o protocolo por conta do Coronavírus: isolamento social em tempos de pandemia.
Todos nós vivemos uma modificação significativa em nossas vidas. O mundo mudou drasticamente em um piscar de olhos. Um simples flerte, ou ir à escola, ou ao trabalho, práticas do dia a dia que nós, muitas vezes, não valorizávamos, por serem comuns e habituais, tornaram-se objeto de conquista da maioria dos seres humanos. Não é fácil mudar quem somos, por isso, “Quando o Carnaval Chegar”...
Fernando de Miranda Jorge
Acadêmico
Correspondente da APC
Jacuí/MG – e-mail: fmjor31@gmail.com