Número um
Por: Manolo D´Aiuto | Categoria: Cultura | 17-02-2021 00:01 | 470
A Itália, que, olhando de perto é uma nação relativamente pequena, no mundo dos esportes pode se orgulhar de uma longa tradição de vitórias, especialmente em algumas delas. Sem dúvida, o desporto que mais nos deu e continua a alegrar a nossa bandeira é a Esgrima, com todas as suas armas, sabre, espada e, sobretudo, Florete.
A encarnação feminina da jogadora de florete modelo é, sem dúvida, Valentina Vezzali, a atleta mais medalhada da história da esgrima e uma das cinco primeiras de todas as modalidades. Valentina, que cresceu em Jesi, a casa da esgrima italiana, era a personificação da determinação e do desejo de vencer que, combinados com uma classe acima da norma, lhe permitiam superar todos os seus rivais, em primeiro lugar a cidadã Trillini que , apesar de si mesma, sendo uma atleta fantástica, ficará para a história como a eterna segunda.
Folheando os palmares do vezzali ficará maravilhado: Sete ouros olímpicos, um prata e dois bronzes, dezesseis ouros mundiais, cinco pratas e quatro bronzes, treze ouros europeus, quatro pratas e quatro bronzes! Mas com certeza o mais bonito e suado foi o último, o bronze nas Olimpíadas de Londres em 2012.
Depois de perder para o compatriota D’Errico, nas semifinais, La Vezzali como 4 anos antes enfrenta o Nam coreano pelo bronzo, ganhando prorrogação com uma reviravolta lendária, que lhe permite recuperar 4 pontos atrás em apenas 13 segundos ( passando de 8-12 para 12-12); o resultado final foi 13-12. A jesina ganha o bronze e assim completa o pódio todo azul (primeira vez nas Olimpíadas no florete feminino).
Ouro não escapa dela no teste por equipe com Errigo, Di Francisca e Salvatori, em que, com um placar de 45 a 31, derrotam os russos na final. As medalhas conquistadas nas Olimpíadas por Vezzali passaram a ser 9. Assim termina a carreira do maior de todos os tempos, com uma volta feita de garra, classe e vontade de vencer.
Ciao ed alla prossima.
MANOLO DAIUTO