Estamos a um mês da abertura das temporadas da Fórmula 1, e da Stock Car, coincidentemente de volta à velha casa, a TV Band. A emissora foi a pioneira na transmissão da primeira temporada completa e ao vivo da F1 para o Brasil, em 1980. E a Stock Car fez parte da grade da Band por muitos anos antes de ir para o grupo Globo.
2021 está pintando como o ano de muito automobilismo nas TVs, aberta e fechada. A TV Cultura, que chegou a ser cotada para cobrir a F1, vai transmitir toda a temporada da Fórmula E - ao vivo - que começou ontem, e prossegue hoje no complemento da rodada dupla de Al-Diriyah, na Arábia Saudita. A Cultura recrutou para sua equipe de esportes o jornalista Fábio Seixas, com largo conhecimento e experiência nas coberturas automobilísticas. De última hora, o SporTV também fechou acordo para transmitir toda a temporada da categoria dos carros elétricos no canal a cabo.
A Nascar segue no Fox Sports e o cam-peonato começou interessante com duas provas na mítica pista de Daytona com dois vencedores diferentes que triunfaram pela primeira vez na categoria: Michael McDowell e Christopher Bell, um feito que se repete apenas pela terceira vez na história da categoria norte-americana depois de 1949 e 1950, nos dois primeiros anos de sua existência. O canal da Disney segue também com o Mundial de MotoGP que começa no Qatar, no dia 28 de março.
Mas o que chama atenção é o projeto do Grupo Bandeirantes para o automobilismo. Além da F1 e da Stock Car, a Copa Truck (caminhões) e a Porsche Cup também estarão na grade com todas as provas ao vivo na TV aberta, enquanto o Bandsports fica encarregado das transmissões ao vivo dos treinos livres e classificações da F1, e das provas da F3 e F2 que fazem parte da programação oficial dos finais de semana de F1. Até o fechamento desta coluna ainda não havia confirmação se a F-Indy seguirá no Bandsports.
A Band promete uma super cobertura da F1 e da Stock Car. Fala-se inclusive numa programação que pode chegar a 5 ou 6 horas de duração quando as duas categorias derem a largada, respectivamente, no Bahrein, e no Velopark. E para isso a emissora está montando um super time de profissionais que vão manter viva a tradição da F1 no país.
O meu xará, Sergio Mauricio, será o narrador oficial de todas as provas da F1, com Luc Monteiro no comando da Stock Car. Reginaldo Leme, que havia sido contratado no final do ano passado para comentar as provas da Stock Car, será o comentarista da F1. E quis o destino que pouco mais de um ano após deixar a Globo, “Regi” fosse reencontrar com a F1, agora na Band(!), que trouxe a repórter Mariana Becker, seu esposo, Jayme Brito que era produtor de F1 na Globo e foi quem costurou o acordo junto a Liberty Media - dona dos direitos comerciais da F1 -, que trouxe a categoria para a Band; o cinegrafista Gianfranco Marchese também veio no pacote dos ex-Globo, e Julianne Cerasoli, colunista do UOL Esportes, e comentarista/repórter da Rádio Band News FM, uma das mais conceituadas jornalistas especializadas em F1, só mudou de lado: deixa o rádio para ser produtora da Band. Esses quatro estarão in loco em todas as pistas das 23 etapas previstas para o campeonato, que se não sofrer nenhum cancelamento por causa da pandemia, será o mais longo de toda a história da F1.
A Stock Car, que estará além da Band, em seu próprio canal do YouTube, e também no SporTV, ganhou um reforço de peso - e põe peso nisso(!) - com a chegada de Tony Kanaan, campeão da F-Indy em 2004 e vencedor das 500 Milhas de Indianápolis de 2013, que se junta a outro que dispensa apresentações, Felipe Massa, anunciado no começo do ano.
Os fãs do esporte a motor vão estar bem servidos, algo que nos remete aos bons tempos dos anos 80 e 90 quando tudo isso e muito mais eram transmitidos ao vivo na TV aberta. E para quem estiver disposto a gastar um pouquinho (ainda não foi divulgado o valor) poderá assinar a F1TVPro, serviço de streaming da categoria que será implantado no Brasil.
Dá até para parafrasear o jargão do Sergio Mauricio, que a temporada 2021 “vai ser no capricho”!