Começou ontem, e termina amanhã! A F1 está na metade da mais curta pré-temporada dos tempos modernos. A média dos últimos anos vinha sendo de 6 a 8 dias de testes, sempre no Circuito da Catalunha, na Espanha, mas desta vez são apenas três dias, no Circuito de Sakhir, no Bahrein.
Isso se dá por conta de um acordo entre a própria categoria com as dez equipes do grid, firmado no ano passado como forma de conter despesas e pela manutenção dos carros do ano passado, por causa da pandemia. Aqui cabe um parêntese: (quando você lê, ou ouve falar em “carro novo” deste ano, saiba que eles são em cerca de 60% os mesmos do ano passado e foram mantidos por causa da pandemia e da estabilidade do regulamento. As principais mudanças estão no assoalho que sofreu alterações para reduzir a pressão aerodinâmica em 10%, e consequêntemente as velocidades em curvas por motivos de segurança, já a pedido das equipes, os pneus Pirelli são os mesmos de 2019 com algum reforço nas paredes laterais, e com menos pressão exercida sobre esses pneus, reduz-se os riscos de estouros, como em Silverstone, no ano passado).
A pré-temporada mais curta terá seus efeitos, principalmente nas primeiras corridas do campeonato que começa no próximo dia 28, lá mesmo, no Circuito de Sakhir, no Bahrein. Mesmo com os carros sendo praticamente os mesmos. Já vimos que quanto menos tempo de treino em condições normais, maiores são as chances de as corridas serem movimentadas, no que muitas vezes chamamos de corridas malucas onde acontece um pouco de tudo.
O curto período de preparação pode ser positivo nesse sentido, mas não deixa de ser um prejuízo enorme para os pilotos que trocaram de equipe e vão ter apenas um dia e meio para se familiarizar com seus novos carros, já que cada equipe pode andar com apenas um carro. Mais complicado ainda será para os três estreantes, Yuki Tsunoda, Mick Schumacher (filho do heptacampeão, Michael Schumacher), e Nikita Mazepin, e até para o bicampeão, Fernando Alonso, que ficou dois anos fora da F1 e ainda se recupera de uma cirurgia para correção de fratura na mandíbula em decorrência de um atropelamento enquanto treinava com bicicleta, na Suíça.
A semana foi marcada pela apresentação da Ferrari SF21, dois dias antes do início dos testes de pré-temporada, e chamou atenção a nova pintura em vermelho, degradê, e o logotipo do principal patrocinador estampado em verde limão, quebrando uma tradição de mais de seis décadas.
A Ferrari aposta na recuperação da potência com a nova atualização de seu motor, e na velocidade final de reta, que foi o tendão de Aquiles da equipe no ano passado com a sexta posição no Mundial de Construtores, numa das piores temporadas de sua história.
Vale ressaltar que o pífio desempenho da Ferrari em 2020 foi consequência de ter fraudado o regulamento técnico em que usava de forma irregular o consumo de combustível, tornando seu motor um dos mais potentes da F1 em 2019, até ser descoberto e entrar num acordo secreto com a Federação Internacional de Automobilismo que deixou todas as equipes insatisfeitas, mas que refletiu na pista durante o campeonato passado num carro lento de reta e sem potência de motor.
Com a atualização do motor para este ano, não só a Ferrari, como suas equipes clientes, Alfa Romeo, e Haas, também deverão se beneficiar de mais potência.
Efeitos da pandemia
A Stock Car adiou para 25 de abril a abertura do campeonato que estava marcado para o próximo dia 28, no Velopark, por conta do agravamento da pandemia na região sul do País.
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