XEQUE MATE

O gênio do xadrez Bobby Fischer

Por: Dwlyan Santos | Categoria: Esporte | 17-03-2021 00:20 | 7057
Bobby Fischer, campeão mundial de xadrez em 1972
Bobby Fischer, campeão mundial de xadrez em 1972 Foto: Reprodução

O americano Robert James Fischer (9 de março de 1943 - 17 de janeiro de 2008) teria completado 78 anos esta semana. A lenda “Bobby Fischer” foi para muitos o melhor jogador de xadrez de todos os tempos.

Aos 14 anos sagrou-se campeão adulto norte-americano, feito alcançado por 8 vezes (venceu todos que disputou)! Aos 15, tornou-se o mais jovem grande mestre até então, quando pela primeira vez se classificou para o Torneio de Candidatos.

Em sua primeira participação no Torneio de Candidatos, em Belgrado, no ano de 1959, a vaga de desafiante do campeão mundial ficou com Mikhail Tal.

A segunda vez que disputou o Torneio de Candidatos foi no ano de 1962, em Curaçao, e vaga ficou com Tigran Petrosian. Na ocasião, Fischer acusou seus adversários soviéticos de combinarem os resultados das partidas que jogaram entre si para que na última rodada um deles estivesse à frente. O famoso episódio nunca foi provado, mas a Federação Internacional de Xadrez mudou o formato do Torneio e a partir de então adotou o sistema mata-mata, evitando os empates suspeitos.

Apesar disso, o acontecimento fez Bobby Fischer anunciar que não mais disputaria o Torneio de Candidatos. Ele só voltou atrás em sua decisão no ano de 1971, quando venceu por 6 a 0 tanto Mark Taimanov, quanto Bent Larsen e o direito de desafiar o campeão mundial veio quando venceu por 6,5 a 2,5 Tigran Petrosian.

Com isso, o norte-americano Bobby Fischer e o soviético Boris Spassky disputariam, no ano de 1972, o título de campeão mundial de xadrez, naquele que ficou conhecido como o Match do Século.

O status atribuído à disputa muito se deu ao fato dela ter ultrapassado os tabuleiros e, assim como a corrida espacial, ter se tornado um verdadeiro campo de batalha entre capitalistas e socialistas em plena Guerra Fria.

E isso se deu porque a hege-monia da antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) no xadrez era absoluta. Desde que Mikhail Botvinnik, o Patriarca, conquistou o título mundial em 1948, os soviéticos revezavam a coroa: Smyslov em 1957, Botvinnik novamente em 1958, Tal em 1960, mais uma vez Botvinnik em 1961, Petrosian em 1963 e, finalmente, Spassky em 1969.

Em contrapartida, os ocidentais tinham aquele que já era considerado o maior jogador de todos os tempos. Entretanto, Boris Spassky era até então o único adversário que Fischer nunca havia derrotado.

O famoso match de 1972 começou antes mesmo do primeiro lance, quando Bobby Fischer passou a impor inúmeras exigências que foram desde o local em que as partidas se realizariam, passando por adiamentos e chegando até o valor do cachê, patrocinado ao final por um banqueiro britânico amante das 64 casas.

Durante a disputa do título de 1972 Fischer continuou fazendo suas exigências, embasado na mania de perseguição que imaginava sofrer dos soviéticos. Reclamou da cadeira, do público e das câmeras. Teve todas as suas reivindicações atendidas, inclusive com a anuência de Spassky, o que, segundo alguns alegam, desestabilizou o soviético, que jogou menos que o habitual.

Spassky ganhou a 1ª e a 11ª partidas, a 2ª ele venceu por WO, já que seu oponente norte-americano não apareceu para jogar. Fischer ganhou o 3º, o 5º, o 6º, o 8º, o 10º, o 13º e o 21º confrontos e, em 1º de setembro de 1972 sagrou-se campeão mundial de xadrez.

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