De acordo com o Boletim Epidemiológico divulgado pela Prefeitura de São Sebastião do Paraíso desde o início da pandemia, há um ano, com o surgimento do primeiro caso confirmado no município, já foram 3.167 pessoas que contraíram a Covid-19 e se recuperaram da doença. Entre eles estão os depoimentos como do vereador Luiz Benedito de Paula, que agradece a Deus, as orações dos familiares e amigos, além do trabalho dos médicos por ter alcançado vida nova. “Gratidão, fé e esperança são palavras que trago comigo desde antes, mas que agora estão mais presentes nesta vida nova”, comemora.
Luiz de Paula conta que desde que saiu do hospital na segunda quinzena de fevereiro sua vida ganhou novo sentido. Ele recomeçou enfatizado e dando mais ênfase em tudo aquilo que sempre valorizou. “Fé em Deus, amor à vida, o ter saúde, valorizar a família e os amigos, isso tudo passou a ter grande importância, como já era antes. Os problemas a gente soluciona, mas as prioridades são outras, admite.
Assim como ele, seus pais também tiveram a Covid. Sua mãe Joana Maria de Paula se recuperou e retornou para casa. No entanto, ele perdeu o pai Pedro Caetano de Paula que não resistiu a batalha contra a doença. “Além desta perda, no meu caso específico ficaram algumas sequelas como dificuldades do sono, sensação de cansaço, o palhaço Paçoca não suporta mais três horas de atividades, porque a recuperação é lenta”, observa.
Agradecido pela nova oportunidade, Luiz de Paula diz estar refletindo constantemente e já chegou a conclusão de que a simplicidade é tudo. “Não adianta ter poder, dinheiro. Nada destas coisas resolve quando te falta a saúde, um bem tão precioso. Você não leva nada quando a luz aqui se apaga”, avalia. Por isso ele é todo agradecimento por tudo que vivenciou e pelas novas experiências que está vivenciando. “Agradeço a todos que estiveram e torceram por mim. Fica o meu muito obrigado a toda equipe do hospital, fui muito bem atendido por todos. Sou grato a minha família e aos amigos por agora estarmos juntos neste novo tempo, muito obrigado a todos”, conclui.
A também vereadora e coordenadora do Setor de Fisioterapia da Santa Casa, Maria Aparecida Cerize Ramos e que está no trabalho na linha de frente contra o coronavírus relata como foi superar a enfermidade. Mesmo tendo sido acometida na forma mais simples da doença ela segue atenta. Foi tudo muito tranquilo, felizmente fiquei em casa onde me recuperei graças a Deus. Tomei a medicação preventiva que foi receitada, fiquei isolada e hoje estou bem”, comenta.
Ela ressalta que continua mantendo as medidas de prevenção e proteção como o uso de máscara, álcool em gel e distanciamento social. “É preciso ter cuidado, pois é uma doença perigosa, há casos de segundo contágio, de pessoas que se vacinaram e pegaram a doença. Mais do que tudo é preciso ter empatia, cuidar de si e do próximo. Somente com a vacinação de todos é que poderemos ficar livres desta doença”, completa.
Para o médico neurologista Mario Oliva Rocha que há três meses teve que conviver como paciente da Covid, os 20 dias em que ficou hospitalizado foram muito marcantes. Só agora é que recuperei minha capacidade de atender e estou voltando às minhas atividades de trabalho”, narra. Ele ainda sente os reflexos e algumas sequelas deixadas pela doença e que estão sendo superadas gradativamente. “Passei por tratamento de fisioterapia, oxigenoterapia. Depois que retornei para casa aos poucos fui iniciando atividades físicas com caminhadas de 400, 500 e 800 metros no plano e fui aumentando”, conta.
Os exercícios físicos estão sendo muito importantes para a recuperação. “Ajuda a combater a falta de ar, faz o pulmão e o coração funcionar. Tudo isso aliado à alimentação, às vitaminas ajudam a fortalecer o corpo, porque a gente sente muita dor muscular”, aponta. Outro detalhe que o médico destaca é o fato de não ser fumante. “Tenho meus pulmões limpos, pois, quem fuma tem um maior comprometimento e os riscos são maiores” destaca.
Com 40 anos de atividades em Paraíso, Mario Oliva Rocha se estabeleceu como médico conceituado atendendo em seu consultório particular, na Santa Casa, na Ampara, na APAE e até em cidades da região.
“Graças a Deus tive o apoio de muitos amigos, colegas de profissão, amigos que se tornaram familiares. Tenho uma família maravilhosa, tenho meus netos”, enumera. Diferente dos momentos difíceis que passou quando hospitalizado. “Você é assistido pelos enfermeiros, médicos muitos são amigos e colegas de profissão, mas tem horas que dá vontade de chorar, de gritar e uma solidão”, tudo foi superado.
Hoje recuperado e se fortalecendo a cada dia ele chega a brincar que tem tudo a seu alcance nesta nova vida que tem novo sentido. “Meu consultório fica próximo de casa. Se preciso de uma fruta, de um café é só atravessar a rua. Agradeço a todos, aos anjos que cuidaram de mim eu só tenho a agradecer, agora é vida nova. Eu venci esta Covid”, finaliza.