A F1 trabalha para que seja cumprido o calendário mais extenso que a categoria já programou, com 23 corridas. Mas o cenário mundial por causa da pandemia não dá garantias de que a competição possa ser realizada nos 22 países diferentes – a Itália recebe duas provas. Ano passado o esforço foi gigantesco para entregar um campeonato com 17 corridas em 12 países, dez deles na Europa, e apenas dois no Oriente Médio.
E já pipoca aqui, e ali, que alguns Grandes Prêmios terão que ser cancelados, e pelo menos quatro são vistos como mais prováveis: Canadá, Azerbaijão, Japão e Brasil. O do Canadá parece que já subiu no telhado.
Os dois próximos GPs, Emilia Romagna, dia 18, em Ímola, na Itália, e Portugal, em 2 de maio, em Portimão, foram improvisados antes mesmo de o campeonato começar para cobrir o buraco deixado por Vietnã, e China, respectivamente.
Da parte da Liberty Media, dona dos direitos comerciais da F1, haverá todo o esforço para manter o calendário atual, mas vai ser difícil encontrar brecha para entrar em países com sérias restrições de viagens por conta da Covid-19. E o Japão é um deles. A sorte é que a prova, em Suzuka, está marcada para o começo de outubro, e até lá, dependendo da situação do país diante da pandemia, e das medidas restritivas, pode ser que seja possível a realização.
É o mesmo caso do Brasil, que depois do acordo feito entre a prefeitura paulistana, e a Liberty Media, não receberá mais o nome de GP do Brasil, e sim, GP São Paulo de F1. A prova está marcada para o primeiro final de semana de novembro. Até lá tem tempo, mas o problema é que o País vive a pior situação da pandemia no mundo, e com o sistema de saúde em colapso, ao passo que a vacinação caminha a passos lentos.
O mais próximo do cancelamento é o GP do Canadá, marcado para 13 de junho, em Montreal. Por lá, o governo impôs quarentena de 14 dias para todas as pessoas que desembarcar no país, e não há como os integrantes do circo ficarem duas semanas isolados com todo um calendário pela frente.
Uma coisa é certa: A Liberty fará tudo que estiver ao alcance para recuperar o prejuízo de 41% da receita arrecadada no ano passado por causa da pandemia. A F1 foi a primeira modalidade esportiva de âmbito mundial a começar a temporada passada, cumprindo protocolos sanitários que garantiram a realização do campeonato. Foram 78 mil testes de Covid-19 realizados e apenas 78 casos positivos, dos quais somente três pilotos: Sergio Pérez, Lance Stroll e Lewis Hamilton se contaminaram e tiveram que ser substituídos.
As equipes continuam trabalhando com o número reduzido a 90 pessoas cada, sendo 60 delas ligadas às operações com os carros. E o CEO da F1, Stefano Domenicali, disse que tem planos A, B, C e até D para que o campeonato não seja afetado.
Se o GP do Canadá não for realizado, é possível que a Turquia volte a ser inserida como no ano passado, para preencher a vaga, em junho. Assim como o Bahrein, que abriu a temporada 2021, pode voltar a receber a categoria novamente no final do ano para substituir Japão, Brasil, ou México, ou outra vaga qualquer. O desafio será grande.
Quem vai transmitir a Indy?
É a pergunta que não quer calar. O campeonato começa no próximo final de semana e até o fechamento desta coluna não havia sido anunciado os novos donos dos direitos de transmissão da categoria para o Brasil.
Rodada dupla da Fórmula E
A Fórmula E, campeonato de carros elétricos, realiza rodada dupla neste final de semana, em Roma. A terceira etapa tem a largada hoje, às 11h, e o complemento amanhã, às 8h, sempre ao vivo, na TV Cultura, e no SporTV.