POLEPOSITION

Imola é mais do que apenas lembranças tristes

Por: Sérgio Magalhães | Categoria: Esporte | 17-04-2021 05:33 | 418
Disputa entre Mercedes e Red Bull é uma das atrações em Imola
Disputa entre Mercedes e Red Bull é uma das atrações em Imola Foto: F1 / Divulgação

O Autódromo Enzo e Dino Ferrari, a 30 km de Bolonha, foi construído em 1950 e batizado como Circuito de Santerno, nome do rio que margeia a pista. É mais conhecido como Circuito de Imola, assim como o José Carlos Pace, em São Paulo, está para Interlagos. 

Nos anos 70 a pista recebeu o nome de Autódromo Dino Ferrari, e posteriormente, com a morte do Comendador Enzo, foi rebatizado como Enzo e Dino Ferrari. Dino era filho de Enzo, fundador da Ferrari.

Quando se fala em Imola, é difícil não associar às mortes de Ayrton Senna e de Roland Ratzenberger, no fatídico final de semana da corrida de 94. Mas Imola é muito mais do que apenas lembranças ruins. A pista guarda uma rica história nos livros da Fórmula 1.

O primeiro GP aconteceu em 1980, denominado GP da Itália, vencido por Nelson Piquet. Do ano seguinte até 2006, foram 27 GPs de San Marino, e a pista só voltou a fazer parte do calendário no ano passado, como tampão para cobrir uma das várias provas canceladas por conta da pandemia.   

Uma das características do traçado de 4.909 metros de extensão, composto por 19 curvas, é a pista estreita, o que dificulta as ultrapassagens. O circuito já foi mais veloz antes da criação da chicane na Curva Tamburello, onde Senna morreu. 

Amanhã serão 63 voltas e a expectativa em condições de pista seca - até o fechamento desta coluna havia previsão de chuva - é de um pit stop, estratégia apontada como a mais rápida devido ao tempo que se perde entre a entrada e a saída dos boxes. A Pirelli disponibilizou os pneus C2, C3 e C4 (duros, médios e macios, respectivamente), de sua gama de compostos, os mesmos do GP do Bahrein. 

Este será o 29º GP em Imola, o 101º da F1 em território italiano. E é novamente por causa da pandemia que esta pista raiz, modernizada para atender aos padrões de segurança da Federação Internacional de Automobilismo, ganhou uma nova oportunidade de receber a segunda etapa do Mundial. No ano passado, Lewis Hamilton venceu pela 93ª vez na carreira (atualmente são 96 vitórias), e a Mercedes conquistou por antecipação o 7º título de Construtores.

O cenário agora é um pouco diferente e não joga tanto a favor da Mercedes como no ano passado, ainda que a equipe alemã tenha vencido no Bahrein há 20 dias, mais em função dos erros e acertos de estratégias da própria Mercedes e da Red Bull.

A Red Bull dispõe de um conjunto, chassi-motor, Honda, mais equilibrado e veloz que o modelo W12 da Mercedes que sentiu mais os efeitos das mudanças no assoalho como medidas para reduzir a velocidade dos carros em curvas.

Não resta dúvidas de que o chamariz para a corrida é a disputa entre Max Verstappen e Lewis Hamilton, mas não é só isso. Há muito mais para ser observado no GP da Emília Romagna. A disputa apertada do pelotão intermediário, a surpresa que pode vir da Alpha Tauri de Pierre Gasly e de Yuki Tsunoda, e também como vai reagir Sebastian Vettel depois de uma desastrosa estreia com a Aston Martin, no Bahrein.

A programação deste sábado foi atrasada em 1h por conta do funeral do Príncipe Philip. A classificação acontece às 9h, mas a largada está mantida para as 10h de amanhã, ao vivo na TV Band, e pela Rádio Band News FM.

F-Indy é na Cultura
A TV Cultura é a nova casa da F-Indy no Brasil, e o campeonato está começando neste final de semana, com a etapa do Alabama, amanhã, às 16h30, ao vivo, no Circuito de Barber, nos EUA. Já tem até um aplicativo grátis, para celular, em que pode-se assistir aos treinos e classificação para a corrida. É só procurar por “Arena Indy”.