Depois de praticamente um mês figurando na onda amarela do plano Minas Consciente, do Governo de Minas Gerais, que estabelece regras para a retomada gradual e segura das atividades econômicas no estado no período de pandemia, a Microrregião de São Sebastião do Paraíso regride para onda vermelha. A medida foi anunciada no início da tarde desta quinta-feira,20, pelo Comitê Estadual do Covid-19. Com isso a partir do sábado,22, poderão ser adotadas medidas mais restritivas para o comércio e o convívio social.
A decisão que motivou a regressão da microrregião de Paraíso resulta da piora nos indicadores referentes a Covid-19. A medida relaciona-se com a quantidade de novos casos surgidos e também as mortes provocadas pela doença, bem como a capacidade e infraestrutura de atendimento aos pacientes. A decisão foi tomada nesta quinta-feira,20, pelo Comitê Extraordinário Covid-19, grupo que se reúne semanalmente para avaliar a evolução da pandemia no estado. A mudança passa a valer no próximo sábado,22, com a publicação no Diário Oficial.
O agravamento da situação também abrange a macrorregião Sul. Todas as outras regiões serão mantidas nas ondas definidas na semana passada. Assim, permanecem na onda amarela Norte, Sudeste, Triângulo do Norte e Vale do Aço. As regiões Centro, Centro-Sul, Leste, Leste do Sul, Nordeste, Noroeste, Oeste, Sul e Triângulo do Sul seguem na onda vermelha.
Já em relação às microrregiões, além de São Sebastião do Paraíso, as áreas relacionadas a João Pinheiro e Além Paraíba também vão regredir da onda amarela para vermelha. As demais serão mantidas como na semana passada. Vale lembrar que, em caso de divergência entre as ondas da macro e da microrregião, caberá ao prefeito optar por qual recomendação seguir.
As cidades com menos de 30 mil habitantes apresentaram queda na incidência da covid-19 pela quinta semana seguida. Agora, são 91 municípios com incidência abaixo de 50 casos para 100 mil habitantes, podendo progredir automaticamente de onda, independentemente da situação da região em que se encontram.
O plano Minas Consciente orienta a retomada segura das atividades econômicas nos municípios do estado. A proposta, criada pelo Governo de Minas sugere a retomada gradual de comércio, serviços e outros setores, tendo em vista a necessidade de levar a sociedade, gradualmente, à normalidade, através de adoção de um sistema de critérios e protocolos sanitários, que garantam a segurança da população. Os municípios poderão optar por seguir a onda indicada conforme orientação do Governo por macrorregião de saúde ou a indicada conforme dados de sua região. A onda amarela é a intermediária, em que se permite a inclusão de setores como vestuário, salões de beleza, lojas de variedades e de departamentos.
O Minas Consciente foi baseado nas informações fornecidas por diversas instituições e entidades de classe, com objetivo de auxiliar os 853 municípios do estado para que possam agir de maneira correta, mantendo os bons resultados apresentados na contenção da pandemia do novo coronavírus. Neste sentido, o plano agrega dados econômicos, mas, principalmente, dados de saúde pública para orientar uma tomada de decisão responsável, segura e consciente.
Conforme a SES/MG (Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais) apesar de a capacidade assistencial do Governo do Estado ter sido restabelecida, o momento ainda exige cautela. O número de solicitações de internação em UTIs Covid teve queda de 6,71% nas últimas quatro semanas. Atualmente, a ocupação é de 78%, índice 3% menor que na semana anterior. A taxa de positividade se mantém estável em 37%, o que mostra a tendência de platô da pandemia.
A diferença entre as regiões pode ser comprovada pela taxa de incidência da covid-19. No estado, o indicador teve aumento de 9% nos últimos sete dias e 1% nos últimos 14 dias. Nas regiões Triangulo do Sul e Oeste, os índices subiram 33% e 38%, respectivamente, nos últimos 14 dias. Já na macro Centro a taxa caiu 16% e na Noroeste, 23%.
Vacinação
Em relação à vacinação em Minas Gerais a SES informa que Minas Gerais está entre os que possuem maior índice de imunização proporcional à população, ocupando o 6º lugar no país. A população acima de 70 anos tem uma taxa cada vez menor de óbitos, mostrando a eficácia da vacina. Os dados já revelam uma queda importante no número de óbitos entre a população que recebeu as duas doses. Entre as pessoas de 90 anos ou mais, a taxa que era de 8,1%, no início da pandemia, caiu para 2,9%. Já para os que têm de 80 a 89 anos a redução foi de 21,7% para 9,8%. Na população de 70 a 79 anos, a taxa de óbitos diminuiu de 28,8% para 16,2%.