O mau funcionamento do rim não dói, nem causa nenhum mal estar extremo, principalmente quando a perda de função renal é gradativa. Afinal, o corpo vai se adaptando a essa perda. Vamos saber um pouco mais de como é essa disfunção e o que se sente em cada uma das fases da doença.
A essa disfunção renal denominamos doença renal crônica (DRC) é um conjunto de sinais e sintomas que trazem alterações em todo organismo e não somente no rim. E ela se divide em estágios baseados na capacidade do rim em “filtrar” o sangue. Trocando em miúdos, nossos rins desempenhando suas funções normais, é capaz de filtrar cerca de 90-125 ml de sangue por minuto.
O Estágio Inicial da DRC compreende os Estágios 1 , 2 e 3 A, a maioria dos pacientes não apresenta sintomas ou apresenta poucos sintomas inespecíficos, o que dificulta a detecção da doença.
Nesses primeiros estágios da doença é muito importante abrandar a progressão da DRC e reduzir o risco de outras complicações. Estilo de vida saudável, alimentação especial e uso adequado de medicações para controle das causas da DRC.
No Estágio Final da doença, que compreende os estágios 3 B , 4 e 5 o funcionamento dos rins sofre forte redução. Há acúmulo do excesso de água e resíduos (que chamamos de escórias) no sangue, podendo culminar na uremia, extremo de intoxicação do organismo por toda sujeira que o rim não joga fora.
Neste estágio final é importante lançar mal de todos os artifícios possíveis para abrandar a progressão até a insuficiência renal completa.
Deve-se analisar algumas situações específicas importantes deste estágio. Há pacientes que já iniciarão tratamento renal substitutivo nele, de acordo com suas condições. São elas desnutrição, doença renal subjacente, sintomas urêmicos, o diabético também geralmente inicia o tratamento de substituição renal com taxa de filtração inferior a 20, dentre outras situação. Todas elas individualizadas.
Descobri que estou no estágio final da doença e agora?
Agora iniciou uma nova fase em sua vida! Apesar de parecer assustador estar no estágio final dessa doença, apenas seus rins perdem as funções, não você! E a boa notícia é que o rim é atualmente o único órgão do corpo humano que as máquinas conseguem substituir.
E a partir de agora terá de recorrer a um desses tratamentos, seja hemodiálise, diálise peritoneal ou transplante renal, além de mudar algumas coisas em sua rotina e perceber que é possível sim viver bem, com plenitude e felicidade essa nova fase.
Visitem regularmente seu médico de confiança e realize exames periódicos para avaliar seu funcionamento renal. Principalmente se for diabético ou hipertenso, que são as duas principais causas de mal funcionamento renal. Cuidem-se! É possível viver bem e saudável com suas doenças crônicas.
Dra Leticia de Oliveira
Médica Nefrologista e Clínica Médica
Lucano Clínicas
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