Todos nós tivemos nossos ídolos quando éramos jovens, e admito que, no ciclismo, eu adorava um corredor que era o antiastro por excelência, tímido, gentil e sóbrio, um corredor capaz de vencer em qualquer tipo de aviso que ele merecesse mais e que em seu caminho conheceu alguns fenômenos reais da bicicleta, primeiro que tudo o Navarro Indurain, o nome desse atleta é Gianni Bugno.
Tornou-se profissional em setembro de 1985 e em 1990 venceu o Giro d’Italia, vestindo a camisa rosa da primeira à última etapa, como só Costante Girardengo, Alfredo Binda e Eddy Merckx haviam feito antes dele.
No mesmo ano, ele ganhou a medalha de bronze no campeonato mundial de Utsun-miya. Nos dois anos seguintes, respectivamente em Estugarda e Benidorm, obteve o título de Campeão do Mundo. Em 1991 impôs-se num sprint de quatro homens com Steven Rooks, Miguel Indurain e Álvaro Mejía; no ano seguinte, “pilotado” pelo gregário Giancarlo Perini, venceu em uma corrida coletiva.
Ainda em 1990 Bugno venceu o Milan-Sanremo e o Wincanton Classic, conquistando também a classificação final da Copa do Mundo. Na Copa ele também venceu a Clásica San Sebastián de 1991 (com 30 km de fuga solitária) e o Tour de Flandres de 1994 (batendo Johan Museeuw no final da foto). Depois de vencer a Copa do Mundo em 1990, ele terminou mais duas vezes entre os dez primeiros do ranking especial, sétimo em 1994 (o ano da vitória em Flandres) e sexto em 1995 (temporada com algumas boas colocações em corridas importantes de um dia).
Além do Giro d’Italia de 1990, ele venceu outras corridas de etapas: o Giro del Trentino em 1990, o Giro di Calabria em 1988, a bicicleta basca em 1991 e o Giro del Mediterraneo em 1995. No Tour de France ele venceu segundo lugar na classificação geral em 1991, atrás de Miguel Indurain, e terceiro em 1992, precedido por Indurain e Claudio Chiappucci. Também fez dele o palco do Alpe d’Huez por dois anos consecutivos (1990-1991).
Outras colocações nas corridas por etapas foram o sétimo lugar no Tour de France em 1990, o quarto lugar no Giro d’Italia em 1991 e o oitavo lugar no Giro d’Italia em 1994. Ele foi o segundo no Tour da Suíça em 1992, o terceiro em 1996, o terceiro no Giro del Dauphiné em 1992 e o segundo na Vuelta a Burgos em 1991.
Nunca exagerado, Bugno foi uma referência para o movimento mundial do ciclismo ao longo de sua carreira.
MANOLO DAIUTO