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AS MOCINHAS DA cidade e da roça II

Por: Fernando de Miranda Jorge | Categoria: Cultura | 25-08-2021 01:29 | 487
Fernando de Miranda Jorge
Fernando de Miranda Jorge Foto: Arquivo

Quem não cantou ou já ouviu cantar que "as mocinhas da cidade são bonitas e dançam bem", da famosa dupla caipira Tonico e Tinoco? Pois bem, a diferença acabou. E faz tempo. Se é que elas existiram. Mais certo é pensar que o que faltava eram oportunidades. Estamos nos referindo às mocinhas "da roça".

Passado recente. As diferenças eram notadas no falar, no trajar, na postura, na formosura, nas habilidades, nos costumes. E essa situação se estendia até mesmo no campo sentimental, de tal forma que os namoros, os flertes, ou sei lá o que, não aconteciam como hoje. Aliás, nada acontecia como nos dias de hoje.

E o que houve? Hoje o que se nota é um trânsito normal. Um vai-e-vem de lindas e singelas "moçoilas da roça", confundindo-se com as da cidade. Bem arrumadas, sorrisos bonitos, conversas desinibidas, agradáveis, atualizadas e participativas em todo e qualquer evento!

Tudo igual e o contrário é verdadeiro, ou seja, as mocinhas da cidade. Tudo normal. Natural. Isso se chama progresso. Desenvolvimento intelectual, cultural e social das mocinhas, com acesso a todas as novidades da moda, dos meios de comunicação, de transportes, das redes sociais, dando-lhes condições plenas para viver em nível de igualdade, não só com as da cidade, mas regional, intermunicipal e internacionalmente falando.

Temos visto dessa maneira  por aqui em nossa cidade de Jacuí. Isso é cultura. É crescimento, é modernidade que chega a todas. É lapidação da matéria de melhor qualidade, da melhor forma.

Ah, só não pode perder a originalidade nas encruzilhadas da vida. Isso não! É essa originalidade que ora faz a diferença. A responsabilidade da transformação e do progresso fica por conta dos pilares da Saúde, Educação, Meios de Comunicação e Transportes e porque não: do Trabalho, Emprego, Empreendimento e querer vencer na vida.

Hoje, não há ilusão. Ilusão é combustível de perdedores. Você - mocinha da cidade ou da roça - zona rural como se fala hoje- pode, se acredita que pode!

Fernando de Miranda Jorge

 Acadêmico

Correspondente da APC

Jacuí/MG – e-mail: fmjor31@gmail.com