A Prefeitura de São Sebastião do Paraíso interditou uma mina de água localizada às margens da Avenida João Pereira de Souza, conhecida como “Mina da Cooparaiso” ou “Mina do Chico Targino. Em virtude do desabastecimento ocorrido há 10 dias na cidade quando parte da população ficou sem água por quase uma semana, muitas pessoas recorreram as nascentes para suprir suas necessidades. No entanto, conforme informado alguns locais não têm água com qualidade para o consumo humano podendo causar doenças e levar as vítimas até as unidades de saúde para atendimento médico, como ocorreu nos últimos dias.
De acordo com o prefeito Marcelo Morais não é responsabilidade do município, mas como medida preventiva a Prefeitura realizou coleta de amostra de água de várias minas existentes em Paraíso e solicitou análise. “O resultado foi um produto sem qualidade e impróprio para o consumo humano”, disse. Como consequência e para evitar que a população que esteja utilizando desta água se contamine, a mina foi interditada. “Fizemos isso para preservar a saúde das pessoas”, justifica o prefeito.
Devido a chuva negra, ocorrida no dia 9 de setembro, a rede de energia que atende a estação de captação da Copasa, no rio Santana foi danificada. Com isso houve prejuízo com o desabastecimento dos reservatórios em toda a cidade por dois dias.
O serviço foi restabelecido parcialmente dois dias depois, mas a água que chegava nas torneiras foi motivo de reclamações da população. Além do cheiro, também estava com gosto de fumaça. Não bastasse esta situação alguns bairros como Diamantina e Rosentina de Figueiredo, o desabastecimento durou uma semana, sendo necessário a utilização de caminhões pipas para atendimento nestas localidades.
Sem alternativas, já que até nos postos de venda de água mineral, o produto desapareceu ou era comercializado a preços exorbitantes, muita gente optou por buscar água na mina para consumo.
No domingo,12, na mina localizada na BR-265, sentido a Jacuí, a fila de espera tinha cerca de 50 pessoas. De acordo com a prefeitura, a água deste local foi considerada como própria para o consumo humano.
No entanto, mesmo com o restabelecimento do serviço em toda a cidade, muitas pessoas continuam buscando água nas minas, muitas delas não tanto conhecidas.
No Jardim Canadá, por exemplo, aumentou a frequência de pessoas que buscam água em duas minas localizadas em área de preservação permanente da Prefeitura. “Não tivemos problemas com esta água, quando chega em casa nós fervemos antes de utilizar seja para beber ou cozinhar, porque a água da torneira enviada pela Copasa ainda continua com cheiro e gosto de fumaça”, compara a dona de casa Ana Maria Cezário, moradora na região da Vila Helena.