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Barrado na missa

Por: Redação | Categoria: Do leitor | 09-10-2021 00:09 | 535
Foto: Reprodução

O povo pacato e ordeiro de Paraíso sempre respeitou com calma e paciência as mais diversas situações. Não bastasse as desumanas filas de espera na porta de agências bancárias, Correios, posto de saúde e hospitais, agora também é preciso habilitar-se previamente para assistir à missa dominical na nossa centenária paróquia de São Sebastião.

Confesso que frequento outra paróquia na cidade. No domingo (26/9) resolvi ir à missa no centro da cidade. Ao chegar à porta da igreja deparei-me com um senhor com uma lista na mão. Quis saber o meu nome e viu que não constava, e por isso proibiu-me de entrar.

Eu quis saber o motivo, ele alegou que a Prefeitura limitou a noventa pessoas o número que poderia assistir à missa. Achei estranho que isso tenha partido do poder municipal.

A queda no número de infectados pelo coronavírus não se deve a quantidade de pessoas em locais públicos, e sim à vacinação em massa da população. Basta ver na missa da Basílica de Nossa Senhora da Aparecida do Norte. Milhares de pessoas estavam presentes.

Aqui a Igreja de São Sebastião tornou-se elitizada. Somente quem estiver bonitinho e bem arrumado e pré-agendado pode entrar. Bem diferente do que foi pregado por Cristo.

Como é obrigatório para todo cristão católico ir à missa uma vez por semana, na igreja matriz de São Sebastião está difícil. Daqui a pouco vão começar a cobrar ingresso. Com essa nem o patriarca Abraão iria concordar.
ANTÔNIO BRAGA