POLEPOSITION

Fórmula 1 está mais saudável

Por: Sebastião Tadeu Ribeiro | Categoria: Esporte | 23-10-2021 06:20 | 917
Parabéns querida São Sebastião do Paraíso pelos 200 anos. Que Deus te proteja sempre!
Parabéns querida São Sebastião do Paraíso pelos 200 anos. Que Deus te proteja sempre! Foto: FIA

Eu já estava com a coluna prontinha para enviar à redação do Jornal do Sudoeste, falando de uma semana de saudosas recordações dos 40 anos do primeiro título de Nelson Piquet e dos 30 do tricampeonato de Ayrton Senna, que diga-se foi o último de um brasileiro na F1, mas outro assunto, mais interessante, me fez mudar o texto.

Porque a maior pesquisa global já feita pela Motorsport Network, em parceria com a F1 e a Nielsen Sports apontou que a média de idade entre os fãs da F1 ficou 4 anos mais jovem desde a última grande pesquisa feita em 2017 que apontava 36 anos. Esse número caiu para 32 anos, o que é um bom sinal, principalmente pelo fato de esse público mais jovem ter começado a acompanhar as corridas nos últimos 5 anos.

E isso é fruto da abertura da F1 nas redes sociais e de documentários como os produzidos pela Netflix, algo antes ignorado nos tempos da era Bernie Ecclestone. Méritos da Liberty Media, atual dona dos direitos comerciais da categoria desde 2017.

Uma das preocupações da F1 algum tempo atrás era renovar o seu público fiel que estava ficando velho, acima dos 40 anos.

Outro ponto que chamou atenção é o aumento da participação feminina que acompanha a categoria que saltou de 10 para 18,3%. Então, não é apenas impressão minha quando observo pelas redes sociais um número cada vez maior de mulheres acompanhando o automobilismo. É uma grande notícia!

A pesquisa teve a participação de 167 mil fãs de 187 países, dos quais 51% se declararam algum envolvimento com jogos de automobilismo. Não por acaso, as corridas virtuais explodiram na internet e a F1 chancela o seu próprio campeonato virtual, outro fato que contribui para o interesse e a aproximação do público mais jovem.

Entre os principais atributos da categoria, numa enquete que tinha as opções: “empolgante, tecnologia, competitividade, valores, e divertimento”, “competitividade e divertimento” foram os mais votados. Um grande salto se comparado com outra pesquisa que em 2015 apontou “entediante” como o atributo mais votado. E cá entre nós, a F1 vive um grande momento nesta temporada.

Há muitos outros itens interessantes, como a escolha de Max Verstappen como o piloto preferido para 14,4% do público, contra 13,7% de Lando Norris e 12,5% de Lewis Hamilton que em 2017 ocupava o primeiro lugar na preferência dos torcedores 

A McLaren é a equipe mais popular para 29,5% dos fãs contra 19,7% da Red Bull; a Ferrari é a preferida de 17,9% (outros tempos, hein?!) e a Mercedes tem 11,9% da preferência.

Sobre as sprint races, 7% aprovaram o novo sistema de classificação que a F1 testou em Silverstone, Monza e ainda fará mais um teste em Interlagos. Mas 60% repudiam que as mini corridas do sábado sejam implantadas em todas os GPs do próximo ano.

Por fim, 55% concordam que a ‘F1 está mais saudável’, no que para o CEO da Liberty Media, Stefano Domenicali, “em 2022 veremos uma nova era de carros que irá melhorar ainda mais as disputas”.

Dito isso, a F1 está em Austin depois de dois anos ausente por conta da pandemia. É a 17ª etapa do campeonato, o 42º GP dos Estados Unidos, o 9º no Circuito das Américas, no Texas. Max Verstappen lidera o campeonato com 262,5 pontos, seis a mais que Lewis Hamilton.

A classificação de hoje começa às 18h, e amanhã as luzes vermelhas se apagam às 16h para a largada, tudo ao vivo na TV Band.