O embate entre famílias tradicionais nos séculos XIX – XX em nossa região
Por: Redação | Categoria: Cidades | 25-10-2021 10:35 | 441
Jamais poderemos esquecer este lema que norteia todo acontecimento do passado da humanidade: “Vasto horizonte, ampla visão que capta a verdade e a memória, o seu nome é História”.
Sabe-se que em todas cidades existem malentendidos relativos a política, divisas de terras e outras contendas. Pois bem, em crônica anterior já relatei aqui no Jornal do Sudoeste a respeito da contenda entre as famílias Mateus Garcia (avô do benemérito João Alves de Figueiredo) e seu primo Januário Garcia, de Lavras (MG), no ano de 1841. Desentendimento que quase levou a uma tragédia, e foi posta em prova a valentia dessas célebres famílias.
Há também uma contenda trágica na vizinha cidade de Arceburgo em 1893, que ocasionou a morte na própria família Longo, fundadores de Arceburgo.
Mas São Sebastião do Paraíso não fica atrás, houve também contendas e mal-entendidos. A primeira foi entre as famílias Comendador João Alves de Figueiredo Júnior e o Comendador José Honório Vieira, para verificar divisas de terra. Atuou como advogado da família Figueiredo, Dr. José de Souza Soares, e Dr. João Caetano da Cunha, para a família do Coronel José Honório.
Sabe-se que esses dois advogados eram baluartes da época e houve repercussão em jornais cariocas (1933). Numa célebre frase o ilustre Dr. José Soares proclamou: “Eu lhe julgo pelas suas próprias palavras”, ou ainda: “Cada um julga os outros por si”.
Finalmente o embate entre famílias Pimenta – Resende, no final de 1920, contra a família Figueiredo, e que ocasionou a morte de um rapaz inocente, pois o clima estava tenso, e o estouro de uma bomba de festa junina no coreto da praça, por agitador irresponsável, motivou, então, tumulto e troca de tiros, e ceifou a vida do jovem que estava na multidão.
Todos esses acontecimentos requerem um livro para serem compreendidos, e faremos oportunamente.
E sirva de exemplo, pois nesses episódios de famílias sempre há perdas de ambos lados, não há vencedores e nem vencidos.
Sebastião Pimenta Filho
Cronista – Historiador
