Na voz do passaredo ...
No trinado agudo do inhambu ... Na faina do pica-pau...
Lamentos da juriti ...
Verdes montanhas, extensas planícies, cercadas por um véu de esmeraldas. A natureza na liberdade intensa a vagar nos arbustos e nas frondes.
A terra é boa.
Um novo templo no seio da mata!
“Aqui é o Paraíso!”
Da natureza adormecida assomas e floresces, Paraíso, menina de verdes cascatas!
Cidade hospitaleira, hospedeira acolhendo filhos de outros rincões, como toda donzela sedutora, arranca elogios de tão forte, encantadora!
Mãos entrelaçadas redesenham a tua face gentil e promissora, resguardando em teu seio memórias ainda em raiz, vencendo distâncias do velho cismante ao jovem possante que juntos caminham.
Paraíso! 200 anos!
O sonho presente no templo de esperanças, onde os sonhos assentados reiniciam novas caminhadas, rumo ao progresso.
Cimento erguendo-se aos céus em súplicas perenes, ascendendo dinâmica no cenário tropical do mundo.
200 anos, acervo de glórias, relíquias, pedaços de histórias no chão envelhecido do templo verde.
Abraço-te, Paraíso, cidade menina, cidade mulher de grande beleza.
Desfraldada a tua bandeira, exalta passado e presente.
Partes de um futuro, um todo de cultura em teu cerne imanente!
200 anos! Os pioneiros chegaram a tudo espreitando, rasgaram o chão, a semente gerando!
Parabéns, “Cidade dos Ipês”, “Princesa do Sudoeste!”.
Dalila M.Cruvinel
Academia Paraisense de Cultura