ENTRETANTO

Entretanto

Por: Redação | Categoria: Cidades | 02-02-2022 11:21 | 348
Entretanto Renato Zupo
Entretanto Renato Zupo Foto: Reprodução

Peguei Covid
Passei dois anos incólume ao Coronavírus, ou assim acreditando. É bem verdade que posso ter pego o vírus sem o saber, como aconteceu a tanta gente, mas meus testes sempre deram negativo – e fiz mais de uma dezena durante este tempo todo. Desta vez a Ormicron, cepa mais contagiosa e menos mortífera da COVID 19, me pegou. Senti uns calafrios e uma febre que durou um dia, não muito alta, e dessa vez testei positivo. Meu desconforto foi praticamente só este, porque no dia seguinte já me sentia bem melhor – o  que realmente pega pesado é o isolamento e a quarentena indispensáveis durante alguns dias. Uma coisa é você não querer sair de casa. Sou bem caseiro e não sou muito ligado a sair de casa, mesmo, mas ser obrigado a ficar em casa é outra coisa, bem diferente e pior: você se sente em um leprosário particular durante alguns dias. Menos mal. Poderia estar morto e agora acredito que a vacina, seja de que marca for, serve apenas para conter efeitos mais graves do contágio, tornando os sintomas mais leves.  A Covid veio para ficar e daqui pra frente ela será como a gripe comum em nossas vidas: a vacinação diminui risco de contágio, mas um ou outro  vai pegar e vai ter gente que vai morrer disso de vez em quando. Nada que justifique pânico, fechamento do comércio ou Lockdown. Não mais. 

Um ano de Joe Biden
O presidente norte americano Joe Biden tem o carisma de um guarda-chuva ou de um cabide, a popularidade de um catálogo telefônico fora de moda e é mais sem graça que o estado do Espírito Santo sem praias, ou o Azerbaijão. Ainda assim, foi o candidato a presidente mais bem votado da história dos EUA (o segundo foi Trump, que perdeu para Biden as eleições, como se sabe). E agora esse cipreste triste, esse político lamentável que entrou na História pela improbabilidade de seu sucesso surpreendente, faz um ano de governo. É um dos mais desastrados gestores do país mais poderoso do mundo e acredito que só perde para Nixon em falta de qualidade para administração do poder. Biden foi escolhido como candidato dos democratas contra o republicano Donald Trump porque é tão obtuso que não consegue nem  ter esqueletos no armário, não presta nem para ter defeitos, e por isso não detinha inimigos ou altos índices de rejeição. Desconfie sempre, amigo, das pessoas sem inimigos. Geralmente são medíocres. É o caso de Biden, utilizado em sua insignificância porque grande parcela do eleitorado americano, tangido pela mídia, precisava a qualquer custo impedir a reeleição de Donald Trump. E conseguiram. Biden deverá permanecer mais três anos no poder acumulando trapalhadas, com a economia do país mais rico do mundo em vertiginosa derrocada, com a crise internacional ocasionado pelo abandono do Afeganistão ao Talibã, além da migração ilegal de repente autorizada pela política governamental desastrosa dessa anta travestida de presidente dos Estados Unidos. Os democratas querem emplacar a vice de Biden, Camalla Harris, como sua  sucessora. Ela detém todos os atributos que a esquerda venera: negra, mulher, independente, defensora das minorias, etc... Isso parece bastar para ganhar eleições no triste mundo em que vivemos.

A morte de um gênio
Faleceu Olavo de Carvalho. Foi dos maiores pensadores que este país já teve. Olavo foi a maior autoridade em Aristóteles da América Latina, quiçá do mundo. Mostrou aos brasileiros que existe uma direita pensante, intelectual e coerente, e também lhes mostrou que, no Brasil, somos em nossa maioria conservadores. Trouxe para o mercado editorial brasileiro as obras de Eric Voegelin e Roger Scrutton, ignorados intencionalmente pelo mercado livreiro porque filósofos católicos. Ressuscitou para o grande público o gênio de G.K. Chesterton, de Otto Maria Carpeaux e de Manoel Ferreira dos Santos. O gênio contestador do grande filósofo foi calado quando lhe fecharam as portas das redações brasileiras, e Olavo teve que ir para os Estados Unidos, no seu amado estado de Virginia, onde ganhou o green card pelo colosso de sua obra inigualável. Ainda assim permaneceu perseguido: disseram-lhe falso filósofo e astrólogo  de araque, bem à moda da esquerda: disseminando desinformação e denegrindo imagens. Olavo não tinha mesmo título acadêmico de filósofo, que Sócrates e Platão também não possuíam, e a astrologia que estudou é das ciências mais antigas do mundo. Engraçado, né? Paulo Coelho pode ser mago, Olavo não pode ser astrólogo. Queimam o carteiro cuja carta entregue lhes desagrada. Olavo era corajoso e lutou contra a ignorância até o final. Disseram-no guru da Direita, o que o mestre jamais foi. Era na verdade  um livre pensador que não se calava ante os méritos do conservadorismo e tampouco deixava de expressar sua decepção com a hipocrisia dos setores progressistas de nossa sociedade que, a despeito de falsearem uma luta por dias melhores para as classes menos favorecidas, sempre buscaram clandestinamente o retrocesso social que lhes propiciasse dominar as massas pela mentira e pela desinformação.  Longa vida a Olavo de Carvalho!

O dito pelo não  dito:
“O homem medíocre não acredita no que vê, mas no que aprende a dizer.” (Olavo de Carvalho, filósofo e escritor brasileiro).
RENATO ZUPO – Magistrado, Escritor