A F1 disputa neste final de semana a quarta de 23 etapas programadas e Charles Leclerc chega para a corrida no quintal da Ferrari, em Ímola, com folga na liderança do campeonato com 71 dos 78 pontos possíveis. Três deles são pontos extras da volta mais rápida que obteve nos GPs do Bahrein, Arábia Saudita e Austrália.
Desde 2019 a F1 passou a premiar o autor da volta mais rápida com um ponto desde que o piloto termine a corrida entre os dez primeiros colocados, o que tem tornado comum a ação de pilotos em calçar pneus macios novos nas voltas finais para tentar ganhar o ponto extra, seja para sua própria somatória ou até mesmo para tirar ponto do adversário que tem a volta mais rápida.
Mas esse ano tem mais, muito mais pontos extras. As sprints, ou minicorridas do sábado, novidade que estreou no ano passado, vai distribuir mais pontos. Em 2021 apenas os três primeiros colocados somavam 3-2-1 pontos respectivamente. Mas a baixa pontuação não compensava o custo benefício entre somar 3 pontos e correr o risco de se envolver num acidente e ter que largar das últimas posições. O formato só agradou em Interlagos quando Lewis Hamilton largou de último na minicorrida, deu um show e terminou em 5º. No domingo ele fez outra corrida fantástica e conquistou uma vitória monumental no GP de São Paulo.
É verdade que as características de Interlagos contribuíram para que o formato se tornasse interessante em relação às experiências anteriores em Silverstone e Monza.
Para esse ano houve mudanças significativas na tentativa de melhorar as disputas das minicorridas. O plano inicial era a realização de seis sprints, mas as equipes bateram o pé já que a F1 não cedeu à pressão de pagar mais pelos gastos e tampouco cobrir as despesas em caso de acidentes. E todos teem que se virar com o teto orçamentário de US$ 140 milhões diante das mudanças de regulamento. Assim, foram mantidas apenas três corridas sprint ao longo da temporada, e a primeira acontece hoje, no GP da Emilia Romagna, em Ímola. As outras serão na Áustria, em julho, e novamente em Interlagos, no GP de São Paulo, em novembro.
A diferença é que agora os oito primeiros colocados pontuam. O primeiro leva 8 pontos, o segundo 7, o terceiro 6 e assim sucessivamente até o 8º que recebe um ponto. Portanto, caso um único piloto vença as três sprints ao longo da temporada, somará 24 pontos, além de desfrutar dos pontos extras das voltas mais rápidas, o pode fazer muita diferença no final do campeonato. Como diz o ditado, ‘de grão em grão a galinha enche o papo’. E não é só. O pole position passa a ser o piloto mais rápido da classificação de sexta-feira e não mais o vencedor da spint, como era no ano passado, mas fica mantido o resultado final da sprint como formação do grid para a corrida de amanhã que terá largada às 10h, com transmissão ao vivo da TV Band e Rádio Band News FM. Já a largada para a sprint, que continua com os mesmos 100 km de distância, como no ano passado, começa às 11h30 deste sábado, também ao vivo pela Band.
Numa classificação conturbada entre pista úmida, que passou para seca e depois molhou novamente, Max Verstappen fez a pole position, com Leclerc largando em 2º.
A corrida de amanhã será o 2º GP da Emilia Romagna, no tradicional Circuito Enzo e Dino Ferrari, em Ímola, que recebe uma prova de F1 pela 30ª vez, antes como GP de San Marino até 2006. E até o fechamento desta coluna havia a possibilidade de chuva para hoje e amanhã.
Duas notícias agitaram o paddock de Imola: a renovação do contrato de Carlos Sainz Jr com a Ferrari até 2025, e a possibilidade de Lewis Hamilton comprar o Chelsea FC, da Inglaterra, atual campeão mundial de clubes, em parceria com a tenista norte-americana, Serena Williams. O clube irá a leilão por conta das sanções que o russo, Roman Abravomich, atual dono, sofre como conseqüência da invasão da Rússia à Ucrânia.