Hoje, depois de uma vida - mais de 33 anos de trabalho juntos -, cumpro a mais difícil e dolorosa missão da minha carreira, escrever sobre a partida do meu querido e amado chefe, padrinho, professor, amigo, incentivador e conselheiro. Seguiu para a eternidade o meu mestre Gilberto Amaral, o colunista social mais antigo do país, o grande comunicador, o Repórter Esso, o homem que fez história no rádio e na televisão brasileira, o amigo de todos os presidentes, o pai, avô e bisavô dos mais amorosos e marido apaixonado por sua querida Mara Amaral, companheira fiel há mais de 60 anos. Prestes a completar seus bem vividos 88 anos no próximo dia 17, esse mineiro de São Sebastião do Paraíso vai fazer muita falta com suas ricas, importantes e divertidas histórias e causos, e deixa um imenso vazio no coração de um sem-número de amigos espalhados pelo mundo afora. A saudade é mesmo um vazio cheio de tudo… Eu, que tenho facilidade para redigir textos e lidar com as adversidades da vida, me vejo hoje despedaçada, sem palavras, sem chão, sem meu mestre para fazer a pergunta que nunca fiz: Como vai ser no dia em que eu te perder e tiver que escrever sobre isso? E ele se foi, carregando para todo o sempre esta resposta, e junto com ela a minha gratidão, meus agradecimentos pelos dias de sol e de chuva que compartilhamos, por cada coluna fechada, cada notícia publicada, pela bem sucedida parceria que realizamos. Aqui, no nosso Jornal do Sudoeste, vou levando em frente, com muito orgulho e amor, o seu legado. As lembranças que deixou serão eternas. Obrigada por tudo e quando puder mande notícias do mundo de lá…